A diretora do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) Bruna Favero liderou equipe da entidade médica que realizou visita técnica na Emergência Pediátrica do Hospital Universitário, de Canoas, nesta quinta-feira, 19, e constatou a dificuldade dos médicos em atender devido à grande demanda e escalas incompletas de profissionais. “Atender sozinho sem materiais, sem equipe suficiente e com um grande fluxo de pacientes, as vezes graves, é inaceitável”, afirmou a diretora.
Pelos relatos obtidos pelos representantes do Sindicato, nos últimos dias 17 pacientes estavam em observação sendo medicados, outras duas crianças estavam entubadas na emergência aguardando leitos, além de muitas fichas aguardando atendimento e isso tudo por apenas um pediatra. Este cenário, de acordo com os profissionais que atendem no local, aumenta o tempo de espera, gera impaciência nos familiares com registro de ameaças e violência contra as equipes de saúde necessitando o apoio de seguranças. Esta situação poderia ser amenizada a partir do menor fluxo de atendimentos, caso os pacientes fossem encaminhados às unidades básicas de saúde, a partir de avaliação das equipes de triagem. Outra alternativa seria a contratação de profissionais médicos e de equipe de enfermagem.
Diante desta situação, os profissionais de saúde – médicos e enfermeiros – estão deixando o HU e indo para novas ocupações com melhores condições de trabalho e remuneração. Foi relatada a falta reiterada de medicamentos como paracetamol, cetoprofeno, antibióticos, dipirona e adrenalina, entre outros.Esta situação dificulta ainda mais o atendimento a bebês e crianças.
O Centro Clínico Gaúcho, de Canoas, também foi visitado pelo Simers. Constatou-se bom movimento e médicos cumprindo o tempo médio de 12 minutos de atendimento para cada paciente.
Fonte: Simers