Como a minha imagem pode impactar em meu trabalho, e como devo ter cuidado na hora de postar nas minhas redes sociais? Estes foram temas debatidos entre os médicos na segunda aula da Academia de Líderes Simers, realizado neste sábado, 21, na sede da entidade médica.
Durante o encontro, os profissionais contaram com apresentação da jornalista, consultora de imagem e branding pessoal, Roberta Marques, sobre “A importância da imagem e gestão da marca profissional” e com o advogado Rafael Andrade que abordou “Os limites éticos e jurídicos da relação dos médicos com as mídias sociais”.
De acordo com Roberta, pode-se explicar uma marca muitas vezes, mas uma marca não se explica, ela se sente. Neste sentido, ela perguntou aos médicos: Como você se relaciona com o seu paciente? De qual forma você se posiciona? Conforme a palestrante, as pessoas se inspiram em pessoas, querem se conectar e se relacionar com o que é verdadeiro e se sustenta. Para ela, o indivíduo se tornará mais memorável e marcante à medida que incita o maior número de sentidos no outro. “Não é porque estou atrás de uma tela que eu não possa passar o meu lado pessoal, a minha humanidade. O médico precisa oferecer isso, a pessoa busca a solução para o seu problema de saúde, mas ela também quer acolhimento. Eu sei que a vida é corrida e existe muita pressão, mas o diferencial vai além da resolução do problema de saúde, a pessoa sai encantada. Claro que a gente está em uma rede social, mas o seu tom de voz também comunica o afeto, o jeito de falar, de escrever, as fotos o que elas estão transparecendo? Eu consigo captar essa energia, e aí nesse momento eu decido se eu fico ou eu vou,” sinalizou.
O segundo momento do curso trouxe a ética médica nas redes sociais. Segundo a resolução CFM 1.974/11 é vedado ao médico: sensacionalismo, autopromoção e concorrência desleal. É importante que os profissionais estejam atentos na hora de postar conteúdo e imagem nas redes sociais. Em caso de dúvida, Rafael Andrade explica que o profissional pode divulgar informações de cunho educativo. Exemplos do que não pode ser publicado: Não publicar foto do seu paciente e nem de procedimentos. Não publicar elogios e agradecimentos que não tenham valor científico. Divulgar somente cursos e atualizações relacionados à sua especialidade ou área de atuação registrada no CRM. “Inclusive não é recomendado divulgar em aplicativos, mesmo que seja para discutir entre médicos um determinado exame de paciente por conta do sigilo. Caso essa imagem ou informação seja divulgada, o médico poderá ser responsabilizado,” afirmou.
Para o diretor de Políticas Estratégicas do Simers e criador do projeto Academia de Líderes Simers, Vinícius de Souza, o tema debatido no dia de hoje não se esgota. “Temos a perspectiva de formar e capacitar o médico em todas as esferas, era primordial estudarmos mais sobre a relação da prática com as mídias sociais”, disse.
Fonte: Simers