Na noite desta quarta-feira, 11/05, os médicos contratados por entidades filantrópicas de Pernambuco, deliberaram em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), presencial e Via Zoom, a continuidade da denúncia junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), uma vez que não houve acordo para o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o Sindhospe desde 2016. Na reunião, o Simepe esteve representado pelo presidente Walber Steffano, a vice, Ana Carolina Tabosa, pelos diretores Malu David, José Tenório, e Adlson Morato, além do advogado da Defensoria Médica (DFM), Ricardo Santos.
O presidente Walber Steffano ressaltou que o poder salarial dos médicos está cada vez menor, enquanto que o trabalho diário continua intenso nas urgências, emergências e blocos cirúrgicos desses hospitais. “O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), por exemplo, que consegue ser uma referência nesse País em seus atendimentos de qualidade, não reconhece, nem valoriza os profissionais médicos, com salários aviltantes e precárias condições de trabalho”, pontuou. As preocupações e insatisfações foram reiteradas por médicos que trabalham há vários anos no HCP. Eles cobraram providências e respostas dos gestores diante do cenário de descaso. “Não podemos desistir e vamos fazer esse enfrentamento com indignação e disposição”, afirmaram.
É importante destacar também que os médicos das entidades filantrópicas reclamam da questão salarial, em função dos vencimentos congelados há seis anos, da falta de condições de trabalho, o não pagamento de horas extras, a falta de intervalo interjornadas e sobrecarga de trabalho, bem como a falta de informações e transparência a respeito da produtividade.
No final da AGE, foram deliberadas ainda as propostas de solicitação de fiscalização ao Conselho Regional de Medicina (Cremepe); visita dos diretores do Simepe, manter o estado de assembleia permanente e agendamento de nova reunião da categoria, para o dia 1º de junho, às 19h, na sede do Sindicato, para avaliação dos rumos do movimento.
Fonte: Simepe