São sempre dias de trabalho duro, com dedicação e profissionalismo, mesmo, em muitas vezes, sem condições básicas para o exercício da profissão. Os médicos precisam lidar, diariamente, com a falta de insumos, precariedade nas estruturas e até com a falta de segurança nos locais de trabalho. Profissionais que mantêm o SUS de pé mesmo em alguns casos recebendo vencimento em valor pouco maior que um salário mínimo, como os servidores da Prefeitura de João Pessoa, ou que não vêem um reajuste real há anos, ou ainda que contam com um adicional de insalubridade irrisório, de R$ 40,00 por mês, como acontece com os servidores do Governo do Estado da Paraíba, para “compensar” o grau de exposição ao risco que a profissão exige, maximizado pela pandemia da covid. Há também os “pejotizados”, como acontece com os servidores da Prefeitura de Patos e de quase todos os hospitais privados, desprovidos de qualquer direito trabalhista, inclusive o título de trabalhador ou a licença maternidade. Há também os prestadores de serviço que recebem remuneração com base na tabela do SUS, na qual paga-se por uma consulta R$10,00 e por uma cirurgia de hérnia inguinal R$ 146,96 para dividir para toda a equipe cirúrgica de no mínimo três médicos (dois cirurgiões e um anestesiologista). E ainda a lembrança dos profissionais das Organizações Sociais, vários dos quais ainda hoje se ressentem dos calotes sofridos.
Fonte: Simed-PB