Com o objetivo de saber a real estrutura de saúde oferecida à população, o Sindicato dos Médicos do Amazonas (SIMEAM) está realizando uma pesquisa junto às prefeituras dos 61municípios do interior do estado. Além da pesquisa, a iniciativa tem como objetivo propor, através do levantamento, melhorias da infraestrutura de saúde de cada município, por meio da regulamentação da Carreia Médica de Estado, com profissionais médicos altamente qualificados nas suas áreas de atuação e dedicação exclusiva ao município e Estado.
O levantamento está sendo feito por meio do envio de e-mail contendo formulário e ofício administrativo para os chefes municipais e secretários de saúde, com cópia ao MPE e DPE, com questionamentos diversos e referentes ao quadro de pessoal, recursos humanos, escala de plantão, especialidades, relação de trabalho, etc. Em um momento posterior o SIMEAM abordará as informações de prevalência de patologias, população e distribuição na sede do município e zona rural e ribeirinha.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, Dr. Mario Vianna, a pesquisa vai listar a quantidade das unidades e suas áreas de atuação de saúde presente em cada município, se a estrutura atende a necessidade da população, se o quantitativo de recursos humanos é suficiente para atender a demanda de cada cidade.
“Juntos nós temos que identificar quais são as deficiências e necessidades para resolver de forma planejada, com gestão estratégica as problemáticas encontradas em cada município do interior do Amazonas”, reforçou Mario Vianna, acrescentando “nós precisamos melhorar e muito o suporte de saúde de todos os municípios”.
Diante da precariedade exposta pela pandemia de covid-19, o SIMEAM acredita na urgente necessidade da Carreira Médica de Estado, aprovada desde 2013, como a melhor forma de manter profissionais de saúde altamente qualificados no interior, com a garantia de benefícios e recursos necessários para a atividade, inclusive com uma estrutura de transporte aeromédico eficiente e autônomo e independente de influências políticas.
“Se o Amazonas já tivesse colocado em prática o que prevê a Emenda Constitucional 80/2013, a população do interior não teria sofrido tanto com os efeitos da pandemia que, diante da precariedade e até mesmo inexistência de todos os recursos possíveis, recorreram a capital, colapsando ainda mais o sistema de saúde”, acredita o presidente do SIMEAM.
Fonte: Simeam