Sindicato dos Médicos do Amazonas – SIMEAM, enviou ofício para órgãos de fiscalização e controle solicitando que seja apurado atos de ataques contra profissionais médicos na Maternidade Alvorada. Segundo denúncia, profissionais foram expostos ao constrangimento com a frase “NÃO A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA”, fixada na entrada da unidade de saúde
“Quando cheguei para trabalhar encontrei essa decoração na entrada com uma mensagem no mínimo infeliz, estimulando a população contra os médicos obstetras que trabalham no seu limite, maternidade lotada, sem leitos, sem serviço de ultrassonografia e as vezes sem bioquímicos, sem segurança”, diz a denúncia.
Ainda segundo informações, “as vagas no estacionamento são marcadas para direção e setores, restando somente uma vaga para os plantonistas, à noite que podemos usar essas vagas marcadas”, denúncia uma pessoa que prefere não se identificar.
Diante da situação, o Sindicato dos Médicos cobrou medidas por meio de documento administrativo enviado ao Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Defensoria Pública do Estado (DPE-AM) e para a direção da própria maternidade.
“A violência obstétrica que o Estado busca apontar é a verdadeira desassistência obstétrica que o Estado busca esconder”, protesta a entidade de defesa dos médicos amazonenses, destacando que há muitos anos foi feito um projeto para atividade de cirurgia focada nas complicações cirúrgicas gineco-obstétrica e gerais para suporte avançado de vida às gestantes, puérperas e seus recém-nascidos, juntamente com o cirurgião pediátrico focado no atendimento aos recém-nascidos, principalmente na correção das patologias congênitas em intercorrências cirúrgicas neonatais.
“Ou seja os dois cirurgiões trabalhando em conjunto para as mães e seus neonatos. Infelizmente essa proposta foi reduzida a um único cirurgião geral para resolver tudo sem a importante e necessária presença do cirurgião pediátrico, e em péssimas condições conforme nos relatos acima”, conclui o documento, solicitando que seja investigado denúncias sobre a falta de materiais e condições estruturais que estão colocando em risco a vida de pacientes e a atuação dos profissionais.
Fonte: Simeam