Dando continuidade ao movimento dos médicos obstetras do Hospital da Mulher do Recife (HMR) por condições de trabalho e valorização profissional, com quórum expressivo, a categoria reuniu-se com representantes do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) – a presidente Claudia Beatriz Andrade, o vice-presidente, Walber Steffano, o secretário-geral e vereador do Recife, Tadeu Calheiros, e os diretores Ana Carolina Tabosa, Malu David e Rodrigo Rosas, na noite desta quarta-feira (16). O advogado da Defensoria Médica da entidade, Ricardo Santos, também participou da videoconferência.
Durante a reunião, que contou com a presença do presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremepe), Maurício Matos, a convite do Simepe, foram pontuadas as questões mais importantes mencionadas na audiência virtual promovida pela Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na última segunda-feira (16), representada pelas promotoras de justiça Eleonora Rodrigues e Helena Capela. A audiência teve a participação das entidades médicas (Simepe e Cremepe), da Secretaria de Saúde do Recife, OS do Hospital de Câncer de Pernambuco e diretoria do HMR. Na ocasião, as representantes do MPPE ressaltaram a preocupação com a situação dos médicos e também com a população. Diante da gravidade e do impacto gerado na rede, a Promotoria solicitou que o Simepe, em conversa com os obstetras, fizesse um apelo para prorrogação do prazo para afastamento do serviço, tendo em vista a possibilidade de construção de uma proposta com a gestão da unidade.
Foi solicitado ao Cremepe o estudo dos dados para apresentar em nova audiência, que já está marcada para o dia 23 de fevereiro, com todas as representações citadas anteriormente, com os resultados de estudos em relação a demanda, complexidade do serviço, dos setores, quantitativos de médicos adequados para bem atender, garantir as condições éticas e seguras para o exercício da profissão.
O presidente Maurício Matos apresentou aos médicos alguns dados da fiscalização ocorrida na segunda-feira (14), que ainda está em processo de elaboração do relatório pelos médicos fiscais, e também pontuou que esteve pessoalmente na manhã da quarta-feira (16) com o vice-presidente do Conselho, Mário Jorge Lobo, em visita à instituição para colher os dados in loco. Ainda durante a quarta, apontaram estudos para a secretária de saúde do Recife, Luciana Albuquerque, sobre a necessidade de profissionais, afirmando que seriam necessários no mínimo seis obstetras para atender a demanda atual do Hospital da Mulher.
Ao final da videoconferência, a categoria deliberou por acatar o pedido do MPPE e aguardar mais uma semana para decidir os rumos do movimento. No próximo dia 23 de fevereiro, haverá a audiência para apresentação da proposta dos gestores do HMR e, no dia seguinte, 24 de fevereiro, às 19h, uma nova Assembleia Geral Extraordinária (AGE) será realizada com os médicos.
Fonte: Simepe