O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) cobrará da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) melhorias no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). Na unidade faltam medicamentos, leitos e servidores, resultando em pacientes internados em macas pelos corredores, potencializando o risco de contaminação.
O presidente em exercício do Sindmed-AC, Gilson Lima, verificou ainda a péssima conservação da estrutura predial, agravando ainda mais os riscos para as pessoas que frequentam o local.
Na Sala de Emergência Clínica (SEC) existem apenas dez leitos, mas o total de internados chegava a 25. No setor de Observação, 24 leitos são disponibilizados, mas existiam 40 hospitalizados.
Os pontos de fornecimento de oxigênio não conseguem dar conta da demanda, por isso, os profissionais usam tubos em “Y” para ampliar a demanda, buscando atender uma maior quantidade de pacientes.
“A lista de problemas é enorme e catalogamos todas para debater com a Sesacre. Precisamos amenizar o sofrimento das pessoas, mas, com a realidade vivida, temos o agravamento da saúde de pacientes e dos trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindmed-AC.
Na SEC, seriam necessários três médicos para prestar assistência a dez leitos, mas, há relatos de que a escala frequentemente fica desfalcada com apenas dois médicos para atender mais que o dobro de pessoas internadas que superlotam o setor. Na observação, a situação é semelhante, um problema que se reflete na quantidade reduzida, também, de enfermeiros e técnicos de enfermagem obrigados a trabalhar doentes.
“A situação é ainda mais crítica, porque esses trabalhadores possuem contratos precários”, protestou Gilson Lima.
Uma saída para reduzir a superlotação seria o encaminhamento de pacientes para unidades de referência, mas a burocracia excessiva vem emperrando o transporte e consequente tratamento de centenas de cidadãos.
O representante classista ainda constatou que em outros setores a quantidade de servidores é inferior a quantidade necessária para prestar um bom atendimento para a população.
De acordo com o representante dos médicos, caso a Sesacre não apresente resolução, o relatório será enviado ao Ministério Público Estadual (MPE), solicitando abertura de inquérito.
Fonte: Sindmed-AC