O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) recebeu uma série de denúncias sobre irregularidades no Programa de Residência Médica em Psiquiatria de Caruaru, coordenado pela Comissão de Residência Médica do Núcleo Ciências da Vida, Campus Agreste, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Reunidos na noite da última terça-feira (07), os diretores do Simepe, Ana Carolina Tabosa, Marcilio Oliveira e Robson Miranda, além do advogado da Defensoria Médica, Ricardo Santos, dialogaram com os profissionais sobre as reivindicações em questão.
Os residentes de psiquiatria do primeiro, segundo e terceiro anos informaram que não estão tendo preceptoria presencial em tempo integral há meses nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Transtorno, AD e AME Infantil, e, consequentemente, não estão tendo supervisão durante os atendimentos de casos de urgências e emergências. Também pontuaram que foram lançados editais pelo município para contratação de psiquiatras, mas que os mesmos não assumiram os postos de trabalho pelas condições precárias nos serviços, da alta demanda de pacientes e baixa remuneração ofertada.
Diante dos problemas e preocupados com o comprometimento do ensino, o Simepe enviou ofício para a Secretaria de Saúde de Caruaru, Comissão de Residência Médica (Coreme) e Comissão Estadual de Residência Médica (Cerem) solicitando a recomposição do quadro de psiquiatras, tanto para prestar a devida assistência a população, como para manter o programa de residência médica; a suspensão das marcações de consultas psiquiátricas nos turnos que não há preceptoria, a partir de 13 de dezembro de 2021; além do prazo de reabertura dos leitos integrais no Hospital Manoel Afonso para atendimento dos pacientes psiquiátricos.
Também foi solicitado que os residentes sejam remanejados para serviços em que há o preceptor de psiquiatria devidamente qualificado no município e, se não tiver esta possibilidade, que sejam transferidos para outro serviço no Estado. Ainda foi demandada à Comissão Estadual de Residência Médica de Pernambuco (Cerem-PE) o bloqueio de vagas de novos residentes e a liberação apenas quando existir a possibilidade das reais condições para prática da residência médica.
O Simepe segue atento e na luta para que as irregularidades sejam solucionadas, promovendo o devido campo de estudo para os residentes, além da assistência adequada para a população.
Fonte: Simepe