Através de videoconferência, o vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Walber Steffano, os diretores Mário Jorge Lobo, Ana Carolina Tabosa, Eraldo Arraes, Fernando Júnior e Robson Miranda, além do conselheiro do Cremepe, Carlos Eduardo Cunha, e do advogado da Defensoria Médica, Diego Galdino, reuniram-se na noite desta terça-feira (03), com os médicos vasculares plantonistas do Hospital Getúlio Vargas (HVG).
Com quórum bastante expressivo, os profissionais apresentaram um censo da situação, documento este já encaminhado à direção do HGV, com o fluxo de pacientes, entrada pela urgência, atendimentos na sala vermelha e COVID-19, transferências por especialidades, entre outras demandas. Eles pontuaram que existe alta entrada por baixa de saída de pacientes no setor. O clima é de insatisfação. Os médicos vasculares reclamaram da sobrecarga no serviço, necessidade urgente de adequações nos fluxos de atendimentos, melhorias nas condições de trabalho, falta de insumos e materiais, além da recomposição das escalas dos plantões, com a convocação dos aprovados em concurso público para completarem o quadro da especialidade.
Durante a reunião, os representantes do Simepe, Walber Steffano (vice-presidente) e Mário Jorge (diretor administrativo), enfatizaram o compromisso e apoio permanente à categoria diante da grave situação; além disso, ressaltaram que os problemas acumulados ao longo dos últimos meses, estão trazendo inúmeras dificuldades no atendimento diário dos pacientes e na qualidade da assistência.
Ao final da reunião, foram aprovadas as seguintes deliberações: divulgação de carta aberta à população, relatando todos os problemas e dificuldades da especialidade; ofícios ao CAOP Saúde/MPPE e ao Cremepe, reforçando as denúncias dos profissionais e cobrança de medidas; intensificar o movimento da categoria, através de assinatura de documento expressando a intenção de pedido de demissão dos serviços; solicitação de providências e resolutividade à Secretaria Estadual de Saúde (SES), com o reforço imediato das escalas de plantão; ampliação dos leitos, da capacidade cirúrgica e de leitos de retaguarda.
A entidade assegura que seguirá vigilante e continuará o diálogo com os gestores públicos da saúde, cujo objetivo é garantir as condições adequadas de trabalho e dignidade profissional, bem como a assistência de qualidade à população.
Fonte: Simepe