Na tarde desta terça-feira (20), o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) foi investigar as denúncias recebidas sobre o Hospital Geral de Areias (HGA), localizado no bairro da Estância, no Recife. A presidente da entidade, Claudia Beatriz, e os diretores Malu David e Fernando Júnior observaram diversos problemas graves da unidade que estão prejudicando a devida assistência aos pacientes, além de condições precárias de trabalho para os profissionais.
Os representantes do Sindicato conversaram com os médicos clínicos e pediatras para debaterem sobre as dificuldades. Um dos principais problemas da unidade é que a escala da clínica médica é insuficiente para a demanda do hospital. A mesma equipe de profissionais médicos atendem pacientes com sintomas de covid-19 e assintomáticos no mesmo ambiente. Isso porque não há no hospital a separação dos fluxos de atendimentos, pondo em risco a saúde de todos.
Para se ter uma ideia, existe apenas uma sala vermelha onde misturam-se pacientes assintomáticos e sintomáticos respiratórios que podem ficar entre um até três dias aguardando leitos. Os consultórios 1 e 2 ficam lado a lado e também não são separados com portas de contenção, sendo fator de risco para contaminação de outros pacientes.
Somando as irregularidades já apresentadas, o serviço ainda conta com uma estrutura sucateada, precária e com má conservação. Apesar de já existir o projeto para reforma e requalificação, o mesmo não tem prazo de conclusão e segue a passos lentos, prejudicando a atuação dos profissionais.
Por fim, os profissionais médicos ainda sofrem com o espaço de repouso que fica localizado próximo a emergência. Logo, a equipe médica de plantão obrigatoriamente precisa passar pela emergência para cumprir seu horário de descanso.
Diante de todos os problemas apontados, o Simepe vai solicitar ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) uma fiscalização com foco nos fluxos de atendimentos e demais irregularidades constatadas. As questões observadas pela entidade também serão discutidas com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), onde será cobrada a recomposição das escalas de plantão de forma que consiga dar conta da demanda do serviço para atender pacientes com sintomas de Covid-19 e assintomáticos.
Fonte: Simepe