Médicos legistas que atuam nos Institutos Médicos Legais de Santa Catarina (IMLs) participaram de telereunião on-line com representantes do SIMESC, nesta quarta-feira (09/06), para pedirem apoio na busca por melhorias nas condições de trabalho.
Os médicos reivindicam alterações na forma como está sendo aplicado o sobreaviso e escalas de plantão e solicitam contratação de mais profissionais tendo em vista um déficit de 51,9% e que há concurso público válido até maio de 2022.
Na reunião, os legistas também relataram falta de condições estruturais adequadas como local para repouso, limpeza do ambiente e materiais para a execução do serviço. Em algumas regiões falta material para necrópsia, faltam geladeiras e as mesas para procedimentos são inadequadas.
A diretora do IML, Lilian Brillinger Novello, acompanhou a discussão e reconheceu os problemas. “As estruturas são antigas e, por este motivo, algumas unidades estão em reforma e há um cronograma de melhorias para outras localidades. Quanto à contratação de mais profissionais, o assunto já foi debatido com a direção e, além de análises sobre demandas locais, há que se considerar o quantitativo de vagas previsto no plano de carrreira para os respectivos níveis”.
O presidente do SIMESC, Cyro Soncini, sugeriu a elaboração de um documento com a pauta dos médicos para que seja entregue oficialmente aos gestores competentes. “O Sindicato tem o papel de despersonalizar os médicos e os representar de forma conjunta. Como até o momento nenhum pedido, incluindo todas estas pautas, foi encaminhado pela categoria, o primeiro passo precisa ser este, para que possamos buscar desdobramentos”, orientou o presidente.
O assessor jurídico do Sindicato, Rodrigo Machado Leal, acrescentou que medidas judiciais também podem ser alternativas. “O SIMESC constitucionalmente detém poder para ingressar com Ação Civil Pública porque representa a categoria. Apesar de sempre buscar conversar com as autoridades competentes, provocar judiciário pode ser um encaminhamento futuro”, alertou o advogado.
“A situação dos legistas é complicada porque como são médicos de várias cidades fica mais difícil a organização de todos, mas o Sindicato está aqui para isso, para auxiliar na organização e encaminhamentos e ajuda-los”, acrescentou o diretor de Assuntos Jurídicos do SIMESC, Marcelo Rogelin.
O SIMESC e os médicos darão seguimento ao que foi debatido, elaborando o documento com as reivindicações.
Fonte: Simesc