Representantes do Sindmepa e da Sesma estiveram reunidos, nesta terça-feira, 13, para dialogar sobre as denúncias que o sindicato vem recebendo sobre falta de materiais essenciais, medicamentos e redução no quadro de médicos, em hospitais e UPAS da capital. A reunião, presencial, contou com a presença dos médicos Douglas Vasconcelos e Kleber Ponzi, pelo Departamento de Urgência e Emergência da Sesma (Deue), e João Gouveia e Wilson Machado, representando o Sindmepa.
Os representantes da Sesma informaram aos representantes da diretoria colegiada que os plantões estão sendo pagos com base no acréscimo (Plantão Covid) acertado em TAG fechado no ano passado com a intermediação do Ministério Público entre os médicos e a gestão.
Coordenador do Serviço de Urgência e Emergência da Sesma, Kleber Ponzi relatou o cenário a partir de janeiro, quando assumiu a gestão, citando o desabastecimento de medicamentos e equipamentos, além da ausência de equipes nas escalas de plantão. Afirmou que a gestão já corrigiu essas questões por meio de compras emergenciais e planejamento organizacional da equipe de Recursos Humanos, além do levantamento das necessidades para viabilizar a deflagração de processos licitatórios.
Sobre as denúncias de redução do quadro médico do hospital, o diretor Wilson Machado esclareceu que as denúncias na coluna semanal do Sindmepa se dão a partir de demandas enviadas pelos médicos, porém sempre permite o contraditório à gestão. O representante informou que a gestão implementou e reorganizou a escala de plantão médico, em especial no PSM do Guamá. Que durante a pandemia teve seu perfil alterado para atender a demanda de pacientes, sem causar demissão de qualquer profissional.
Douglas Vasconcelos esclareceu que, ao assumir a direção do PSM Guamá reorganizou a escala de plantão, inclusive contemplando equipes multiprofissionais e apresentou a escala de plantão de visita médica, a fim de demonstrar que a gestão já está buscando encaminhar as demandas, em especial, no reforço das equipes de saúde no PSM Guamá. Além disso, já foi formalizado processo administrativo para aquisição de utensílios, bem como foi realizado adequações na estrutura física (serviço de engenharia e equipamentos) para melhor abrigar a equipe médica na prestação dos serviços à população.
Em relação à denúncia da demissão de uma médica na UPA Sacramenta, que estaria sofrendo retaliação da gestão, em razão de “queixas” sobre as condições de trabalho e sua exclusão da escala de plantão, Kleber Ponzi informou que irá dialogar com a direção da UPA para buscar solucionar a questão. Além disso, o representante afirmou que durante todo período de crise gerado pela pandemia, todas as UPAS se mantiveram abertas, garantindo o atendimento aos usuários.
O diretor do Deue informou ainda que já foram disponibilizados cinco ventiladores para a UPA Dasac e que a gestão está suprindo o PSM Guamá com respiradores. Segundo o coordenador, o PSM do Guamá já iniciou o atendimento de hemodiálise, assim como, restabeleceu o fornecimento de alimentação parenteral e enteral.
Kleber Ponzi também comunicou aos médicos que a Prefeitura agora está gerenciando o Hospital Redentor, que houve necessidade de realizar adequações técnicas e estruturais, mas até quinta-feira o hospital já estará funcionando em sua totalidade. Para suprir a necessidade de oxigênio para as UTI’s, a gestão adquiriu uma usina de oxigênio, o que permite uma “folga” nos demais estabelecimentos de saúde de urgência e emergência. Os Hospitais Dom Vicente Zico e Redentor estão aptos para o atendimento de diálise aos pacientes com Covid.
“Diante da receptividade e diálogo estabelecido com os representantes, o Sindmepa agradece à gestão na decisão de estabelecer um “canal de diálogo” para as tratativas de interesses da área médica e da população”, agradeceu o diretor do Sindmepa, Wilson Machado.
Fonte: Sindmepa