A Associação Brusquense de Medicina (ABM) e o Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC) realizaram no dia 9 de março uma mesa redonda on-line a respeito da imunologia do Coronavírus e da vacinação contra a Covid-19, com a participação de especialistas da ABM.
Phelipe Souza, médico alergista e imunologista, explicou a estrutura do vírus da Covid-19 e os motivos pelos quais ele é altamente infeccioso. “O vírus é muito simples, mas é exatamente por ser simples que ele passa despercebido pelos mais diversos mecanismos imunológicos e consegue infectar com tanta avidez”.
O médico Ricardo Alexandre Freitas explanou sobre os tipos de vacinas que estão sendo produzidas e disponibilizadas no Brasil. O infectologista faz um alerta em relação às medidas de prevenção à doença. “Se somar a população que teve Covid-19 e quem já foi imunizado, se chegar a 15% é muito, então está muito longe de uma imunidade de rebanho. Não dá para tirar a máscara de quem já foi vacinado, pois ainda tem 50% de chance de pegar a doença e transmitir para outras pessoas, e aí a cadeia de transmissão que a gente quer cortar não vai funcionar”.
Osvaldo Quirino de Souza, secretário municipal da Saúde da cidade Brusque, contribuiu com a mesa redonda e explicou sobre o processo de imunização na cidade. “Nós estamos seguindo o Plano Nacional de Imunização, elaborado pelo Ministério da Saúde. O que nós estamos tentando garantir é a agilidade no processo, que tem que ser o mais rápido possível. Tão logo a gente recebe as vacinas, os profissionais da vigilância já dão início ao processo de vacinação”.
O presidente do SIMESC Regional Brusque, Laércio Cadore, participou da reunião e deixou sua mensagem referente à importância da profilaxia: “É muito importante que o sistema imunológico esteja em dia. Cuida de sua saúde física e mental. Tudo isso vai deixar seu sistema imunológico mais preparado para enfrentar esse vírus”.
O presidente da ABM, Gustavo Gumz Correia, encerrou a conversa com um alerta importante. “A melhor arma que temos nesse momento é a vacinação. Temos que enxergar as vacinas como a luz no fim do túnel para adquirirmos nossa imunidade de rebanho e conter a contaminação. Enquanto não tivermos vacina para toda a população, precisamos continuar nos cuidando, principalmente com a higiene das mãos, dos objetos pessoais de uso frequente, uso de máscara em locais públicos ou privados e praticar, sempre que possível, o distanciamento social. Se puder, fique em casa, pois a partir daí a gente vai reduzir a transmissão do vírus para que todo nosso sistema de saúde sofra menos com essa pandemia”.