O Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (SIMED-TO) recebe com desconfiança a informação da Prefeitura de Palmas, de que vai ampliar para mais 25% do setor empresarial, a reabertura das atividades econômicas, que incluem o comércio varejista, restaurantes e shoppings.
Uma simples olhada no caso de São Paulo, que atingiu o recorde de 6.382 novos casos de coronavírus em 24 horas após a flexibilização e, no exemplo, mais próximo, o de Araguaína, que assumiu a condição de epicentro da doença no Estado, com 1.517 dos 3.611 casos confirmados e 18 dos 70 óbitos registrados nesta sexta-feira (29) são indicativos empíricos do quanto a flexibilização em curva ascendente, sem o controle do número de casos, pode resultar desastrosa.
Diante do que o município considera de “nova normalidade” que virá com a reabertura, o sindicato entende que a população vai passar a ter a sensação de normalidade e irá para a rua, com potencial para aumentar assustadoramente o número de casos, e, na atual configuração do serviço de saúde pública, o município não está em condições de conter o contágio.
A entidade compreende que diante da curva ascendente dos casos registrada nos últimos dias e da falta de estrutura hospitalar suficiente para atender a população infectada, o mais indicado seria o Município rever parte dos 75% dos setores empresariais já liberados, retroceder na flexibilização, até a estabilização do contágio e não ampliar a flexibilização como fez nesta sexta-feira.
Fonte: Simed TO