O Hospital Pediátrico Helena Moura, localizado no bairro da Tamarineira, é uma das referências da população que recorre à busca de serviços de urgência para crianças e adolescentes. No entanto, atualmente, o complexo não tem nenhum respirador sequer para atendimento, nem na sala vermelha, mesmo sendo este um equipamento primordial no atendimento de pacientes graves.
A informação repassada à comitiva do Simepe que visitou o local na última segunda-feira (15/06) – formada pelo secretário geral da entidade, Tadeu Calheiros, e pelo diretor Rodrigo Rosas – é de que existia apenas um respirador no hospital, mas que foi retirado para suprir outras unidades nessa pandemia. Ainda sobre a estrutura do complexo, o corpo clínico se queixa da falta de equipamentos de eletroencefalograma, eletrocardiograma e gasimetria. Apesar dessas máquinas constarem no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes) do Helena Moura, o Simepe identificou que eles não existem no local.
Além disso, após denúncia ao Sindicato, foi verificado também que os novos leitos provisórios para o enfrentamento à pandemia que deveriam ser abertos na unidade, de acordo com o Plano Municipal de Contingência da Covid-19, elaborado pela Prefeitura do Recife, também não foram instalados. O hospital deveria ter 42 novas acomodações de clínica médica para adultos e outras 10 de UTI Pediátrica, com respiradores. Todos estes leitos já registrados no Cnes do hospital, mas não foram – de fato – instalados. A vistoria ainda verificou que a limpeza do local, assim como os fluxos de atendimentos e a biossegurança estão dentro dos parâmetros. A escala de plantão da unidade também está adequada.
Ficou definido, após a vistoria, envio de ofício ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) solicitando fiscalização na unidade e ofício ao Ministério Público.
Fonte: Simepe