Enfrentamos uma pandemia causada por uma nova doença provocada por um vírus para a qual ainda não temos medicamentos eficazes para o tratamento e muito menos, uma vacina. Extremamente contagioso, leva cerca de 15% dos doentes para atendimento hospitalar e destes, 5% necessitam de cuidados intensivos, levando, facilmente, o sistema de saúde ao colapso.
A principal estratégia de enfrentamento é reduzir a velocidade de contágio para, com isso, diminuir a demanda por atendimento hospitalar, adequando-a a capacidade instalada dos equipamentos de saúde. O distanciamento social é a medida necessária e imprescindível para que ela produza resultados satisfatórios.
Neste sentido, nos preocupam as medidas de afrouxamento do rigor fixadas pelo decreto 800, de 31 de maio passado, do governo do Estado. Em que pesem os cuidados e pressupostos científicos com que foi elaborado, exemplos de outros estados, como em Santa Catarina onde, no mês de maio, não houve nenhum caso de morte por Covid registrado no estado e somente no próximo dia 17 é que será autorizado a volta do transporte coletivo na capital, Florianópolis.
Estudo conduzido por pesquisadores da UFPa afirma em sua conclusão não haver elementos para afirmar que já entramos na fase de queda da “curva”, que para se consolidar teríamos que apresentar uma taxa de reprodução da doença menor de 1. No referido estudo e na data de 23/05, a taxa de reprodução era 1,22 para todo o estado do Pará, e em Belém 1,55 um dia antes.
O Sindicato dos Médicos do Pará entende que deve haver extrema prudência por parte dos governos e autoridades sanitárias, bem como redobrada vigilância por parte da população para o cumprimento das determinações de distanciamento, e esta deve fazer a sua parte, só saindo de casa para o estritamente necessário. Só assim seremos capazes de reduzir o número de vidas perdidas para a COVID-19.
Fonte: Sindmepa