Criada em junho de 2015 e estendida pelo Ministério da Saúde (MS) para todo o país, a campanha Junho Vermelho tem como objetivo incentivar o espírito de solidariedade quanto à doação de sangue, conscientizando a população de que é um ato de amor ao próximo, atitude que salva vidas.
Junho já é considerado o período de maior escassez nos estoques de sangue por registrar uma diminuição no número de doadores no Brasil e um dos motivos da campanha ser realizada nesse mês. Além da proximidade das férias escolares que levam muitas famílias a viajar, há um aumento da incidência de infecções respiratórias, propiciado pela queda das temperaturas, levando as pessoas a se recolherem, deixando-as menos propensas a sair de casa.
A campanha, nesse ano de 2020, se faz ainda mais necessária, uma vez que o mundo se vê acometido pela pandemia da COVID-19, que preconiza o isolamento social, dificultando ainda mais a doação de sangue espontânea. A consequência são os estoques de sangue em níveis ainda mais deficitários em todos os hemocentros do país e do estado.
De acordo com a presidente da Hemominas, Júnia Cioffi, apesar da epidemia pelo Novo Coronavirus, as unidades da Fundação, onde as coletas de sangue são realizadas, mantêm rígidas as medidas de segurança e seguem com rigor todos os critérios de prevenção à contaminação com a doença, conforme indicações do Ministério da Saúde (MS) e Organização Mundial da Saúde (OMS). As orientações preveem, sobretudo, o agendamento das doações, para evitar qualquer tipo de desconforto para os doadores. Ela ressalta que a Fundação mantém o atendimento da demanda no estado e que a necessidade de transfusão de sangue não diminuiu com a COVID-19. “Os pacientes com diversas patologias, em tratamento nos Centros de Hemoterapia, continuam com a mesma necessidade de transfusão para sobreviver. Assim como os acidentes de trânsito, de trabalho ou domésticos e a violência urbana permanecem acontecendo e, muitas vezes, resultam em cirurgias que também demandam transfusão de sangue”, disse.
Para a gerente de Captação e Cadastro de Doadores da Fundação Hemominas, Viviane Guerra, não só os recessos escolares e as temperaturas mais frias, mas feriados e dias chuvosos também causam queda nas doações. Diariamente, em diversos centros de hemoterapia e hospitais, há pessoas precisando de transfusão e é fundamental que o sangue esteja disponível no estoque, já testado e liberado para uso. “Não é preciso conhecer alguém que precisa de sangue para fazer a doação”, diz a gerente, lembrando ainda dos casos graves e urgentes, como cirurgias de alta complexidade como as cardíacas ou os transplantes e doenças degenerativas, como o câncer, entre outras, que não podem esperar por uma chamada específica à doação de sangue. “Mais do que nunca, esse é o momento de unirmos forças em prol da doação de sangue, para que tenhamos estoques em níveis adequados para atender às demandas da população”, completou.
Fonte: Fundação Hemominas
Foto: Adair Gomez