O Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa) encaminhou ofício ao governo do Estado e à Presidência da República pedindo o pagamento de insalubridade de 40% e a edição de medida que garanta pensão vitalícia no teto máximo da Previdência Social a todas as famílias de médicos mortos pela Covid-19, no exercício da profissão.
Desde o início da pandemia até agora,19 médicos já morreram no Pará, vítimas da Covid-19 e cerca de 10 médicos estão internados com a doença.
No ofício, o Sindmepa relaciona os problemas enfrentados pela categoria médica, que se agravaram com a pandemia. Entre eles estão a falta de garantias pessoais e familiares diante dos vínculos de trabalho precário oferecido; falta de segurança para a saúde diante do não fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados e falta de suporte para os EPIs de uso continuado.
Segundo o sindicato, também é evidente a falta de retaguarda de suporte à saúde dos profissionais (monitoramento, testes rápidos, TC e medicamentos); a falta de qualificação técnica para atendimento de casos graves em Covid-19; falta de remuneração digna e pagamento de insalubridade no grau máximo de 40%, além de não existir nenhum tipo de seguro para as famílias.
Além do pagamento de insalubridade e pensão vitalícia, o Sindmepa defende a contratação por vínculo formal para todos os médicos, com oferecimento de garantias mínimas de licença remunerada por motivo de doença.
O sindicato também quer que o Estado e a União recomendem a todas as unidades de saúde e hospitais o fornecimento obrigatório e integral de EPIs adequados para cada função e lotação conforme indicação da Agência Nacional de Saúde e pede garantia do monitoramento da saúde do profissional médico, disponibilizando testes rápidos, tomografia computadorizada e medicações, se necessárias, além da viabilização da qualificação emergencial para atendimento de casos graves de Covid-19.
Fonte e foto: O Líder