O médico Adeildo Lucena, diretor de Comunicação do Sindicato dos Médicos(Sindimed) esteve neste sábado no pronto-socorro antigo a pedido dos colegas de profissão que atuam no local e que estão em alerta com a decisão da Secretaria de Saúde de Cuiabá, após o anúncio de que a unidade será a referência ao Coronavírus na cidade
“Eu pergunto como pode ser referência um local cheio de buracos no teto, que outro dia tinha ratos passeando pela UTI infantil. Que não tem, papel toalha, não tem álcool gel e nem Equipamentos de Proteção Individuais(EPIs) para os médicos trabalharem. E onde os pacientes que já estavam internados, nem sequer foram removidos. Como vamos atender os doentes com o Coronavírus?”, alertou o diretor de comunicação do Sindimed.
O médico alerta que os capotes que foram comprados são inadequados e os EPIs que estão vindo serão insuficientes para não haver contágio da equipe de saúde que pode se tornar vetor de transmissão por atender um paciente positivo sem a proteção adequada.
“A prefeitura demorou muito para começar a se preparar para a pandemia. Agora a doença chegou a Cuiabá e o pronto-socorro antigo nem passou pelas reformas e adequações que são necessárias para poder ser uma unidade de referência. O Sindimed e os médicos estão muito preocupados com a situação. Se países preparados como Itália tem tanta gente morrendo imagina o que pode acontecer aqui , que está tudo sendo feito ‘meia-boca’, gente o caso é muito sério. O único jeito de se prevenir e evitar que o surto se espalhe é ficando em casa para não precisar de atendimento médico”, finaliza Adeildo.
Fonte: O Bom da Notícia