Diante do cenário da pandemia do COVID-19 no País e no Estado de Alagoas, o Sindicato dos Médicos do Estado de Alagoas, atento às normas de proteção e às orientações do Ministério da Saúde, das sociedades especializadas e do Conselho Federal de Medicina e visando, primordialmente, proteger o bem-estar e a vida dos médicos no Estado e de toda a população de usuários do sistema público de saúde, vem anunciar algumas providências que estão sendo adotadas com vistas à proteger a categoria e melhor encaminhar o enfrentamento e o combate ao CORONAVÍRUS.
AFASTAMENTO OU REALOCAÇÃO DOS MÉDICOS INTEGRANTES DO GRUPO DE RISCO PELA CONTAMINAÇÃO PELO VÍRUS
O Sindicato ajuizou uma ação de urgência no Poder Judiciário, contra o Estado de Alagoas, buscando obter uma tutela judicial de afastamento, sem prejuízo da remuneração, ou realocação para áreas não expostas à contaminação pelo CORONAVÍRUS, dos médicos que integram o grupo de risco pela contaminação do COVID-19.
Conforme é consabido, o vírus possui alta taxa de letalidade entre os idosos, as gestantes e lactantes e as pessoas portadoras de comorbidades e doenças crônicas, tais como os soropositivos para HIV, diabéticos, portadores de tuberculose, câncer, doenças respiratórias, cardíacas, imunodepressoras ou outras suscetíveis de agravamento pelo contágio pelo COVID-19.
Para o Presidente do SINMED, Marcos Holanda, as ações seguem recomendação do Conselho Federal de Medicina – CFM e pretendem corrigir a insensibilidade e a insensatez do Secretário de Saúde do Estado de Alagoas, Alexandre Ayres e do Governador Renan Filho. “O governador e o secretário estão agindo em sentido contrário às determinações do Ministério da Saúde e as orientações do Conselho Federal de Medicina. Estão colocando os médicos do grupo de risco no front das trincheiras de atendimento público de saúde, o que é uma temeridade! Se amanhã ou depois algum desses médicos forem contaminados e morrerem, eles serão responsáveis! Tenho certeza que os familiares irão cobrar deles e nós também”.
Para Marcos Holanda, a exposição dos médicos que integram o grupo de risco ao contágio pelo vírus, além de atentar contra as suas vidas, pode representar o colapso do sistema público de saúde: “A partir do momento que um desses médicos é contaminado, o que é inevitável, além de perdermos um servidor que poderia estar contribuindo no atendimento, ainda que remoto, com orientações à comunidade, nós ainda precisaremos ocupar mais um leito de UTI ou UCI que já são tão insuficientes para o enfrentamento da pandemia. Se o governo continuar agindo dessa forma, profissionais vão morrer e o sistema vai colapsar!”.
FORNECIMENTO DE EPI’S
Têm sido frequentes as notícias da falta de abastecimento de EPI’s nos postos de atendimento do Município de Maceió e em alguns Hospitais do Estado de Alagoas, isso só confirma o descaso, a inoperância e o desrespeito dos gestores envolvidos para com a classe médica e toda a população.
Em um momento de pandemia em decorrência de um vírus altamente contagioso isso se torna ainda mais grave e inaceitável.
O Sindicato dos Médicos já oficiou diversas autoridades competentes requisitando a adoção de providências urgentes para o equacionamento da questão.
Permanecendo a omissão dos gestores municipais e estaduais, a entidade ajuizará ação judicial para requisitar que os entes públicos sejam obrigados a manter estoque mínimo dos equipamentos, sob pena de multa diária, por dia de descumprimento da medida, a ser aplicada aos gestores da saúde municipal e estadual.
RECOMENDAÇÕES DE MEDIDAS PARA O ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA COVID-19
O Sindicato dos Médicos de Alagoas – SINMED/AL, aderindo ao movimento iniciado pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco – SIMEPE, elaborou um documento que reúne uma série de recomendações como contribuição às autoridades sanitárias do Estado, objetivando apresentar medidas de cuidado imprescindíveis para o enfrentamento da pandemia.
O documento pode ser acessado através desse link