Representantes do Sindicato dos Médicos de Pernambuco e do Conselho Regional de Medicina realizaram uma importante fiscalização, na tarde de terça-feira (10/09), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, localizada na Zona Sul do Recife. O grupo realizou blitz no local após graves denúncias da categoria médica que trabalha no complexo e realiza, neste momento, um movimento por melhorias. Entre os problemas registrados estão os recorrentes atrasos salariais, um relevante déficit nas escalas de plantão – comprometendo o bom funcionamento dos serviços, além da insegurança constante e falta de insumos.
A blitz que visitou a unidade foi formada pelo vice-presidente do Simepe, Walber Steffano; pelo secretário geral da entidade, Tadeu Calheiros; e pelo médico fiscal do Cremepe, Sylvio Vasconcellos. Durante a fiscalização, a comitiva conheceu as instalações, conversou com o corpo clínico, ouvindo diversos relatos de problemas. Para se ter uma ideia da gravidade do cenário, nesta terça-feira, durante a visita, o plantão estava restrito por falta de equipe completa. Da 0h às 16h (horário que finalizou-se a fiscalização), haviam sido realizados 165 atendimentos, quando o normal desta UPA, por dia, é um quantitativo de 450 atendimentos.
Durante a visita, a comitiva também se reuniu com o diretor administrativo da unidade, que é gerido pelo Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (IPAS), que é uma organização social. Ao longo do encontro, com uma conversa franca e construtiva, o grupo cobrou medidas imediatas para os problemas mais graves e urgentes, como os atrasos salariais e o déficit na escala. Sobre os vencimentos de todos os funcionários da UPA, de acordo com a gestão, o pagamento será efetuado até a próxima sexta-feira (13). Sobre o déficit, a gestão da unidade está buscando soluções emergenciais, mas também já encaminhou ofício a SES anteriormente, cobrando a recomposição da escala de forma adequada à demanda do complexo, que conta com salas amarelas, vermelhas e com um grande número de transferências de pacientes.
No tocante à questão da segurança, a gestão da UPA informou que a retirada do policiamento no local foi um decisão da própria gestão da PM, que anteriormente tinha posto no local e – depois – passou a fazer rondas, parando um tempo depois. Sobre a situação, a direção da unidade de saúde já informou ter encaminhado ofício solicitando ações que garantam a segurança mais efetiva no local, que já foi alvo de incidentes como agressão a funcionários, mas ainda não obteve resposta.
O Simepe seguirá atento à tomada de medidas e a categoria tem uma nova Assembleia Geral Extraordinária (AGE) no dia 16 de setembro, na sede do Simepe, para avaliar esses retornos e decidir os próximos rumos do movimento.