O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Secretaria Estadual de Saúde (SES), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Pernambuco (Cosems) e secretários de saúde dos municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) que atendem a I Gerência Regional de Saúde (Geres), se reuniram, na tarde desta quinta-feira (22/08), com o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Saúde (CAOP-Saúde), a promotora de Justiça da Capital, Helena Capela, do Cabo de Santo Agostinho, Alice Moraes, e de Olinda, Maísa Oliveira, no Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O encontro objetivava a continuidade das discussões sobre a Rede Materno Infantil em Pernambuco e como trazer melhorias para a população e os profissionais da rede.
Após leitura da ata do último encontro, que aconteceu em 19 de junho, foi passada a palavra a representante da SES, Ana Renata, para esclarecer sobre os recursos da Rede Cegonha disponibilizados para os municípios de Jaboatão dos Guararapes, Olinda, São Lourenço da Mata e Recife.
Feito esses esclarecimentos, foi aberta a palavra para as representantes das secretarias de saúde dos respectivos municípios, que apresentaram suas dificuldades e o que foi construído nas localidades desde a última reunião. Além disso, pontuaram seus maiores problemas na rede, entre eles: déficit de profissionais, maternidades fechadas, superlotação e necessidade de qualificação do pré-natal.
O secretário de saúde do Recife, Jaílson Correia, pontuou que, em parceria com o Ministério da Saúde, iniciará a habilitação dos leitos de UTIneo e UTI adulto – a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) e a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) já estão habilitados – para o Hospital da Mulher do Recife (HMR), com previsão de início das obras em setembro deste ano, e haverá incremento de três para cinco leitos no centro de parto de baixo risco, além das parcerias público-privadas (PPP). E, ainda, requalificará as três maternidades do Recife.
A presidente do Simepe, Claudia Beatriz, pontuou a precariedade dos vínculos oferecidos pelos municípios pernambucanos, além das condições precárias de trabalho, dificultando o interesse e a permanência do profissional médico nas unidades de saúde. Complementou, ainda, que as altas demandas dos partos de alto risco são referentes à falta de assistência as gestantes no pré-natal, nos centros de atenção básica.
A SES enviará, em até 10 dias, os planos de ação da Rede Cegonha de cada município da I Geres; em até 30 dias, junto ao Cosems, apresentarão um plano de ação visando absorver os 300 partos de risco habitual que serão suprimidos com a requalificação do Hospital da Mulher do Recife (HMR). Além disso, o Cosems enviará, em até 20 dias, a CAOP-Saúde uma proposta de pactuação resolutiva para melhoria da rede materno infantil.
Fonte: Simepe