Estudantes do curso de medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa) denunciaram em reunião de hoje da diretoria do Sindmepa a falta de professores do curso naquela Universidade. Denile Oliveira, que também faz parte do Núcleo Acadêmico do Sindicato, disse que os estudantes já procuraram a reitoria da Uepa, mas ainda não foi encaminhada uma solução para o problema da falta de professores. O Sindmepa vai recorrer ao governador Helder Barbalho para tentar uma solução para a crise.
Falta de professores titulares por ausência de concurso, licenças e aposentadorias que impossibilitam novas vagas e o término de contrato de temporários ampliaram a crise na Universidade do Estado que já se arrasta há algum tempo. No ano passado, estudantes ocuparam o prédio da UEPA em Belém por mais verbas pela educação (foto).
“Existem professores que estão na grade, mas tiram licença prêmio e não vão mais. Nós só somos avisados em cima da hora”, reclamam os estudantes.
“No 5º semestre, haviam oito professores na disciplina Habilidades práticas: três de urologia, dois de nefrologia e três de psiquiatria. Hoje, só restam dois uro, nenhum nefro e um psiquiatra. Para uma demanda de 50 alunos por semestre. Ou seja, restam três na disciplina”, afirma Denile Oliveira.
A produção científica dos alunos também fica prejudicada com a ausência dos professores, já que a maioria não aceita orientar por estar de licença ou em processo de aposentadoria. “A Uepa precisa renovar seu corpo docente efetivo. Isso prejudica tanto nas aulas, quanto na produção de artigos”, contou a estudante Allana Araújo em entrevista a um portal de notícias.
O diretor Waldir Cardoso disse aos acadêmicos que o Sindmepa apoia a luta dos estudantes e vai levar esta reivindicação diretamente ao governador do estado. “O Sindicato dos Médicos tem compromisso com a qualidade do ensino. Os futuros médicos têm direito a uma boa formação. Estamos juntos nesta reivindicação”.
Fonte: Sindmepa