Médicos vasculares lotados no Hospital Getúlio Vargas, no Recife, estiveram reunidos em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), na manhã desta quarta-feira (19/06), na sede do Simepe, e apresentaram denúncias graves das condições de trabalho na unidade. Um grande grupo de profissionais foram recebidos pelo vice-presidente do Sindicato, Walber Steffano; pelo diretor executivo Eraldo Arraes; e pelo diretor da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular em Pernambuco (SBACV-PE), Carlos Eduardo Cunha; com o apoio da Defensoria Médica do Simepe, representada pelo advogado Charlston Ricardo.
Entre as principais queixas da categoria, está a deficitária escala da unidade, que tem fluxo semelhante à outras alas importantes, como a clínica médica. No entanto, atualmente, as escalas tem apenas dois profissionais, com plantões em que ficam apenas um médico vascular quando há transferências, cirurgias de urgência e férias – totalmente insuficiente para a demanda que é registrada. Outro problema evidenciado são as falhas na triagem, que acaba por enviar pacientes de deveriam seguir para outro setor e terminam sendo encaminhados para o setor vascular.
Além disso, na sala de atendimento, o ar-condicionado está quebrado há meses, e – como o espaço não tem janela – também não há circulação de vento, colaborando para o calor intenso e aumento do risco de infecção no local. Por fim, é comum também os médicos atuarem sob pressão, mesmo sem receber as condições adequadas.
Ao final do encontro, ficou deliberado que uma notificação será construída e enviada à Secretaria Estadual de Saúde (SES) e ao diretor do Hospital Getúlio Vargas, informando de todos os graves problemas e estabelecendo um prazo de 72h para as respostas e adequações necessárias, sob pena de denúncia formal em caso de não cumprimento do pedido.
“Os problemas são muito graves. Para se ter uma ideia, evidenciamos que a necessidade da ala vascular do HGV, de acordo com a demanda posta, é de – pelo menos – seis profissionais por plantão, quando só atuam dois e, às vezes, um. Isso apresenta um risco imenso para pacientes e para a categoria médica – que fica de mãos atadas, querendo atender a todos, mas sem nenhuma condição humanamente possível. A situação é alarmante, preocupante, e estamos unidos no movimento – que tem grande adesão da categoria. Vamos tomar as medidas cabíveis e acreditamos que conseguiremos êxito, o que garantirá segurança para todos”, destaca Walber Steffano.
Uma nova AGE está marcada para o dia 09 de julho, a partir das 19h, novamente no Simepe.
Fonte: Simepe