Após tentativas de negociação frustradas, os médicos do Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME) decidiram paralisar os atendimentos a partir de 2 de abril, terça-feira. Os profissionais reivindicam o retorno da Gratificação pelo Desempenho e Apoio à Atividade Médico-Pericial (GDAMP) corrigida, já que o benefício foi retirado. A perda da gratificação representa uma redução salarial de cerca de R$ 1500 a R$ 2500. O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), a Associação dos Médicos do Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME) e a Comissão de Representantes dos Funcionários Administrativos do DPME notificaram o Secretário de Planejamento e Fazenda do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles sobre a paralisação.
“É importante que o governo se sensibilize e negocie para que o funcionalismo público e a população usuária dos serviços do DPME não sejam prejudicados. Caso a paralisação ocorra, o grande responsável será o Meirelles”, pontuou Erivalder Guimarães, diretor do Simesp e presidente da Associação dos Médicos do DPME.
Transferência conturbada
O governo estadual transferiu o Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME) da Secretaria de Gestão para a Secretaria de Planejamento e Fazenda. Tal mudança resultou na retirada da GR. No dia 12 de março, os médicos do DPME realizaram uma assembleia para discutir o caso. Na ocasião, decidiram encaminhar ao Secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles, um ofício anunciando a possibilidade de paralisação, caso as reivindicações dos médicos não fossem atendidas. Como não houve o estabelecimento de negociação por parte do governo, os funcionários realizaram, no dia 26 de março (terça-feira), uma nova assembleia resultando em um segundo comunicado informando o início da paralisação.
Fonte: Simesp