O SINDICATO DOS MÉDICOS DO ESTADO DA PARAÍBA – SIMED-PB, por seu presidente, Dr. ADRIANO SÉRGIO FREIRE MEIRA, no uso de suas atribuições e prerrogativas conferidas no art. 8º, III da Constituição Federal e no estatuto social da entidade, vem, informar, que ontem à noite, (22/04/2019), realizamos assembleia com os médicos da Maternidade Dr. Peregrino Filho e Hospital Geral de Taperoá, onde todas as dificuldades enfrentadas pela categoria nos últimos meses foram discutidas.
Diante dos fatos elencados abaixo:
1 – Os médicos da Maternidade Dr. Peregrino Filho, e todos os demais profissionais da saúde, após 3 meses sem recebimento de salário, muitas vezes com ausência de materiais essenciais ao seu trabalho, motivados pelo seu compromisso com a população de Patos e cidades circunvizinhas, não paralisaram suas atividades;
2- Todo e qualquer trabalhador merece receber pelo seu labor, seja de qualquer tipo de atividade, o salário é condição essencial a manutenção do seu lar, família e até mesmo a possibilidade de deslocamento as atividades de trabalho;
3- Muitas promessas foram ditas e não cumpridas, todos os profissionais de saúde que trabalham na maternidade continuam sem receber os 3 meses (dezembro, janeiro e fevereiro) pelo que trabalharam com afinco e determinação;
4- Existe a disseminação de inverdades e boatos nos quais os médicos são colocados como recebedores dos seus atrasados em uma clara tentativa de colocar os mesmos contra os demais profissionais, que merecem nosso respeito e luta, e a população.
Resolvem:
Para que não sejam rotulados como radicais, apesar de que extremistas não trabalhariam 3 meses sem recebimento de salário, estabelecer, mais uma vez, um calendário de negociação com o governo, em uma nova tentativa que seus salários sejam regularizados e a população não sofra as consequências, assim organizado de hoje em diante:
15 dias de atendimento normal sem alterações;
Após os 15 dias iniciais, restrição de atendimento, urgência e emergência;
Após este período se nada for resolvido, paralisação total.
O Sindicato dos Médicos pede as autoridades competentes que nem a população, nem os médicos e demais trabalhadores da saúde sejam prejudicados, afinal, cuidar de vidas é uma atividade nobre, mas todos têm as suas obrigações e famílias, como qualquer trabalhador, a proteger, manter e zelar.
Diante de tal fato, apelamos a todos da sociedade civil, órgãos de classe, Ministério Público, Judiciário e Governo, pelo bom senso, diálogo e resolução, ao mesmo tempo em que comunicamos a decisão, triste, tardia, muitas vezes adiada, mas necessária.
A DIRETORIA
João Pessoa-PB, 23 de abril de 2019.