O presidente da Federação Médica Brasileira (FMB), Casemiro dos Reis Junior, acompanhado do secretário de Educação Médica e Formação Profissional da Entidade, Tadeu Calheiros, participaram em Recife, do primeiro Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina.
Dos vários temas discutidos relacionados ao exercício da profissão, assistência à saúde, relação médico-paciente, telemedicina, além de questões éticas e outros assuntos pertinentes para a área, a existência de internatos clandestinos no Brasil tem preocupado os Conselhos e a FMB. “Com supervisão precária, conhecimento inadequado, como poderemos buscar e garantir qualidade na formação destes médicos?” declarou Casemiro.
Os estudantes de medicina que cursam faculdades no exterior, Bolívia, Paraguai e outros países, após a formação básica retornam ao Brasil para buscar o internato na complementação da sua formação. O problema é que esta complementação é feita sem nenhuma homologação do Ministério da Educação (MEC) ou das entidades médicas. Esses internatos são realizados em pequenos hospitais do interior ou santas casas, via convênio direto destas faculdades com os hospitais. Após o encerramento deste período, eles retornam aos países de origem para validar o processo e tentar retornar ao Brasil realizando o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior (Revalida) ou pelo Mais Médicos.
O Conselho Federal de Medicina (CFM), identificou esta situação na Universidade Federal do Mato Grosso, em um convênio envolvendo a Santa Casa de Valinhos, agindo com rapidez conseguiu barrar esta prática.
Participaram do encontro 27 Conselhos Regionais e a Associação Médica de Pernambuco (AMPE).