Insegurança, medo. Essas foram as palavras de ordem que moveram o ato de protesto realizado pelo Sindicado dos Médicos de Pernambuco (Simepe), na tarde desta quinta-feira (21/03), na Policlínica e Maternidade Professor Arnaldo Marques, da rede municipal de saúde, localizada no bairro do Ibura, na zona Sul do Recife.
Médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, líderes comunitários e usuários se reuniram na área interna da unidade de saúde para cobrar dos gestores públicos municipais segurança, respeito, investimentos, condições de trabalho, recursos humanos, valorização, entre outros temas. Eles exibiram faixas e cartazes durante a manifestação no local que foi escolhido, por ter sido palco de um novo caso de violência no último sábado (16/03). Uma médica foi abordada na saída do plantão, por uma pessoa não identificada, portando um facão de cozinha. O assaltante lhe ameaçou e levou todos seus pertences.
O presidente do Simepe, Tadeu Calheiros, acentuou que a insegurança vem sendo recorrente nas unidades de saúde do Recife, através de assaltos à mão armada, arrombamentos de carros, furtos e até sequestros relâmpagos. “Há dois anos estamos cobrando da Secretaria de Saúde ações que possam garantir segurança aos médicos e usuários, inclusive, foi uma das pautas mais discutidas no último movimento dos médicos do Recife. Houve sinalizações, por parte da secretaria que não foram totalmente efetivadas. O problema continua, levando medo a categoria”, frisou.
A vice-presidente Cláudia Beatriz destacou que como já não bastasse as jornadas extenuantes, o déficit de recursos humanos, a falta de condições de trabalho, os médicos, funcionários e pacientes têm que conviver com o clima de insegurança que toma conta das policlínicas, maternidades e postos de saúde da família da Prefeitura do Recife. “ Nós vamos continuar cobrando dos gestores municipais mais atenção, respeito e segurança para os profissionais, funcionários e pacientes. Queremos providências e não promessas”, ressaltou.
Fonte: SIMEPE