O Sindicato dos Médicos em Alagoas vem denunciando o desabastecimento nas unidades de saúde estaduais, o que provoca uma série de danos para as pessoas que precisam de atendimento. De acordo com o presidente da entidade, Marcos Holanda, cirurgias estão sendo cancelas por falta de material.
“Essa semana, por exemplo, faltou fio de sutura nas unidades mantidas pela Uncisal. Como fazer uma cesariana na Santa Mônica, por exemplo, nessas condições? O corte cirúrgico vai ficar aberto? Lidar com vidas é coisa séria e exige soluções urgentes”, frisou o sindicalista.
Segundo ele, não existe mais a possibilidade dos profissionais fazer improviso com material que ainda tem nas unidades, pois não nada para se usar na maioria dos procedimentos.
Holanda também é cirurgião do HGE e diz que é inadmissível a falta de planejamento do governo com os insumos e medicação. “A escassez também atinge o Pronto Socorro. A sensação que fica é de que o gestor deixa faltar tudo para depois dizer que a alternativa é terceirizar o serviço. O desrespeito com a população é gritante. Aliás, nem a Justiça é respeitada por esse governo, basta ver que já existe determinação sobre o abastecimento, mas o problema persiste”.
Segundo o presidente do Sinmed a ideia do governador é deixar a UNCISAL sob total responsabilidade da SESAU, mas a classe médica discorda. “A solução é fazer os repasses chegarem rapidamente ao reitor, e em valor suficiente para não faltar nada.
Ele acrescenta que os médicos prestadores de serviço estão com quatro meses de atraso salarial. “O governo paga o pior salário do país e ainda atrasa. É muito descaso. Para agravar, existe uma infestação de escorpiões nos hospitais, principalmente na Santa Mônica. É preciso dar um basta”.
A reportagem do CadaMinuto busca contato com a Secretarial Estadual de Saúde.
Fonte: Cada Minuto