Os médicos da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, por unanimidade, recusaram a proposta da filantrópica de demissão de mais de 150 médicos e não aceitaram a terceirização da mão de obra da filantrópica dos serviços destinados ao Sistema Único de Saúde, que formam residentes e alunos de medicina. A deliberação foi realizada em assembleia com o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) na manhã de hoje, dia 21 de fevereiro. Será elaborada uma contraproposta sobre as demissões, juntamente com os médicos, a ser apresentada para a entidade na próxima terça-feira, dia 26 de fevereiro.
De acordo com o presidente do Simesp, Eder Gatti, a terceirização é ruim, pois precariza as relações de trabalho; piora a qualidade da assistência, já que cria um distanciamento entre a direção do hospital e o profissional que atua na ponta; e abre a possibilidade para a contratação de profissionais com formação inadequada para a função. Além disso, a Santa Casa é referência em ensino e pesquisa, que serão profundamente prejudicados. “Ficou muito claro o sentimento de revolta entre os colegas porque a Santa Casa está em crise há alguns anos em decorrência do subfinanciamento que a instituição enfrenta, associado a gestões inadequadas e a conta está sendo passada para os médicos que estão ali trabalhando.”
Fonte: Simesp