Diante do grande volume de água que caiu na terça-feira (19/02) na Capital do Mato Grosso, parte do teto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto do Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá não resistiu e acabou desabando. A denúncia, feita por profissionais que atuam na unidade ao Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), também inclui, além dos problemas na estrutura, a falta de insumos e medicamentos na unidade.
De acordo com o diretor de Comunicação do Sindimed-MT, Adeildo Lucena, os profissionais se queixam da falta de condições de trabalho na unidade e da recorrente superlotação. “Queremos que a Prefeitura de Cuiabá tome providências, no sentido de oferecer o tão propalado atendimento humanizado. Desejamos que a população possa ter um atendimento mais digno ali. Afinal, o atual Pronto Socorro seguirá funcionando após a inauguração parcial do novo”, considerou.
O Sindicato ainda ressalta as condições precárias noutras unidades, como já denunciado pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT). “O resultado dessa ‘Sangria’ é vista diariamente por quem frequenta as unidades e vê o povo sangrar. Falta o básico para o médico poder trabalhar. E quando algum procedimento dá errado por conta disso, acaba sendo, na maioria das vezes, o profissional responsabilizado, não o gestor público. Queremos, portanto, medidas mais enérgicas da Prefeitura, menos discurso e mais ação”, destacou Adeildo.
Isso porque, relembra o diretor, o prefeito dizia durante sua campanha eleitoral que a saúde seria prioridade. “Me pergunto como será que estão sendo tratados outros setores importantes como educação e transporte público? Acredito que se a saúde vai mal, todo o resto vai mal. Saúde é questão de primeira ordem. Não podemos continuar querendo tapar a ferida com ‘band-aid’. Muito mais do que isso, precisamos é estancar essa ‘sangria’ de verdade”, finalizou.
Fonte: Sindimed-MT