Sociedade Tocantinense de Pediatria (Stop) emitiu nota na segunda-feira, 7, em que classifica o ajuste promovido pelo governo Mauro Carlesse (PHS) de “atos mal planejados”. A nota critica o fato de a recontratação de 386 médicos na sexta-feira, 4, foi feita “aleatoriamente”. “O governo não se preocupou em observar onde esses médicos atuavam, suas habilidades específicas, sua função em cada equipe”, afirma o documento da Stop.
Segundo a entidade, a unidades de referência como Hospital Infantil Público de Palmas (HIPP), Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), Hospital Geral de Palmas (HGP) e hospitais regionais, estão “com serviços desfalcados, equipes desfeitas”. “Setores do HIPP e HGP com pacientes graves e sob cuidados intensivos encontram-se completamente sem médicos na escala, sobrecarregando colegas que estão se desdobrando na assistência”, afirma a nota.
“Como sempre, a população paga a conta, sofre, é ludibriada e usada. Porém, dessa vez, atingiram não só o profissional, mas o cidadão Médico, comprometendo sua dignidade e autoestima, desestimulando o trabalho daquele que se doa em prol da comunidade.”
Confira a seguir a íntegra da nota:
“NOTA
A Sociedade Tocantinense de Pediatria (STOP) vem a público externar sua indignação aos últimos atos mal planejados cometidos pelo Governo do Estado do Tocantins. Já no primeiro dia do ano fomos surpreendidos com a exoneração e extinção dos contratos temporários de cem por cento dos médicos contratados do Estado, sendo esse número de 629 colegas que prestavam serviço sem garantias, pois há dez anos não temos concurso público.
Diante da perplexidade de diretores, coordenadores, Sindicato dos Médicos (SIMED) e Conselho Regional de Medicina (CRM), uma nova lista foi publicada revogando aleatoriamente a exoneração de apenas 386 médicos. O Governo não se preocupou em observar onde esses médicos atuavam, suas habilidades especificas, sua função em cada equipe. Hoje nos defrontamos com hospitais de referência como Hospital Infantil Público de Palmas (HIPP), Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), Hospital Geral de Palmas (HGP) e Hospitais Regionais, com serviços desfalcados, equipes desfeitas.
Setores do HIPP e HGP com pacientes graves e sob cuidados intensivos encontram-se completamente sem médicos na escala, sobrecarregando colegas que estão se desdobrando na assistência.
Como sempre, a população paga a conta, sofre, é ludibriada e usada. Porém, dessa vez, atingiram não só o profissional, mas o cidadão Médico, comprometendo sua dignidade e autoestima, desestimulando o trabalho daquele que se doa em prol da comunidade.
Muitos colegas foram deixados de lado sem nenhuma justificativa. A Pediatria do Estado, conquistada a duras penas, formando especialistas através da Residência Médica e incentivando-os a ficar no serviço público foi fortemente golpeada.
Neste momento a STOP se solidariza com cada Pediatra que foi exonerado e juntamente ao SIMED e CRM exige rápida resposta do Governo no restabelecimento dos serviços e equipes da assistência médica aos pequeninos, foco do nosso empenho e motivo maior das nossas lutas.
Fonte: Sociedade Tocantinense de Pediatria -STOP