Diferente do que foi anunciado pela Prefeitura de Canoas e pelo interventor das unidades administradas pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva (Gamp), médicos e outros funcionários não receberam a integralidade dos salários na sexta-feira (28).
A promessa era de que os valores seriam quitados até hoje mas, mais uma vez, a gestão municipal não cumpriu com o combinado. Apenas o 13º salário foi depositado junto ao Banrisul para ser retirado pelos funcionários na quinta-feira (27). Os pagamentos de outubro (parcial) e de novembro (integral) ainda seguem em aberto.
Em conversa com os médicos, representantes da gestão municipal afirmam que “até o final do dia, mais de 88% das pessoas receberão”, mas até o fechamento desta reportagem, às 16h10, muitos médicos ainda não tinham os valores em suas contas.
A falta de compromisso só agrava ainda mais a crise vivida pelo município na área da saúde – que só não é maior por conta da dedicação dos profissionais, que seguem trabalhando mesmo sem receber.
Durante o dia, dezenas de profissionais lotaram uma agência bancária para retirar o 13º. Veja no vídeo abaixo:
Distorções no contracheque
Além da falta de pagamento, as inconsistências dos valores descritos nos contracheques dos médicos – e o que efetivamente deveriam receber – causou desconfiança. O Simers recebeu relatos que dos mais de 2 mil pagamentos creditados no banco, pelo menos 600 teriam distorções nos valores.
Busca por soluções
O Simers cobra uma atitude imediata e lembra que a situação atual é também resultado da demora do Executivo municipal em tomar providências contra as inúmeras denúncias de irregularidade que pesavam contra o Gamp desde o início do contrato firmado em dezembro de 2016.
Fonte: Simers