Segundo governo, quantidade de cirurgias de coração caiu de 54, em 2017, para 42, em 2018. No ano passado, foram feitos 463 procedimentos com rim, 59 a mais do que no ano anterior.
O número de transplantes de coração realizados em Pernambuco caiu 22%, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Em 2018, foram 42 procedimentos, oito a menos do que no ano anterior, quando houve 54 cirurgias. O número de transplantes de rim subiu de 404, em 2017, para 463, em 2018, o equivalente a 15% de aumento.
Os dados foram divulgados pela secretaria, na manhã desta quarta-feira (30). Outro número que apresentou crescimento foi o de transplantes de fígado.
Em 2017, foram realizados 129 procedimentos desse tipo. No ano passado, ocorreram 139 transplantes. Isso representa um aumento de 6%.
Ainda segundo o balanço geral divulgado pela SES, o número de transplantes realizados no estado, ao longo de 2018, foi 8,7% menor do que o registrado no ano anterior. A queda na quantidade de procedimentos de córnea é uma das razões. A secretaria justifica que, em 2017, foram feitas 969 cirurgias do tipo e a fila de espera foi zerada.
Diante disso, o governo informa que o paciente que tiver indicativo para transplante de córnea, fizer os exames e for habilitado deve receber o órgão em até 30 dias. Assim, em 2018, foram feitos 775 procedimentos do tipo e atendidas todas as solicitações de doentes que cumpriram os requisitos.
Em 2018, também foram realizados 225 transplantes de medula óssea, mesmo quantitativo de 2017, No ano passado, houve cinco de cirurgias de rim/pâncreas, contra seis em 2017. Pernambuco notificou, ainda, em 2018, cinco de procedimentos de fígado/rim, contra dois em 2017.
Fila
Atualmente, existem 1.128 pessoas na fila de espera por órgãos e tecidos em Pernambuco. A maioria dos pacientes aguarda um rim, com 852 doentes na lista.
A lista de espera por um fígado tem 124 pessoas e guardam uma córnea 116 doentes. Na fila do transplante de medula óssea estão 16 pacientes, de coração, 13, e de rim/pâncreas, 7.
No caso dos pacientes que esperam por uma córnea, a secretaria esclareceu que eles ainda precisam realizar exames ou ter melhora no quadro de saúde. No entanto, há equipe disponível e banco suficiente para realizar o transplante.
Negativa da família
Um dos maiores obstáculos para a realização de transplante é a resistência de familiares de pacientes com morte encefálica para doar os órgãos. Em 2018, as Organizações de Procura de Órgãos (OPO) realizaram 339 entrevistas com familiares. Desse total, 54% autorizaram e 46% foram contra.
A morte encefálica acontece quando o cérebro perde a capacidade de comandar as funções do corpo. Nesse tipo de óbito, o paciente é um potencial doador de órgãos sólidos: coração, rins, pâncreas e fígado, além de tecido: as córneas. No caso da morte do coração, apenas as córneas podem ser transplantadas.
As pessoas podem se declarar doadores ainda em vida, mas a doação, no entanto, só acontece se houver a autorização de um familiar de até segundo grau. O corpo do paciente doador é devolvido à família íntegro para a realização das cerimônias de despedida, segundo a Secretaria de Saúde.
Fonte: G1