As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) dos bairros de Messejana, Itaperi, Altran Nunes, em Fortaleza, e Jurema, em Caucaia, foram visitadas, no último dia 29, pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, Dr. Edmar Fernandes, e membro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec), Dr. Marcelo Esmeraldo. Problemas graves e recorrentes, como pacientes internados a espera de transferência, redução no quadro de funcionários e falta de segurança foram identificados pelas entidades.
As UPAs fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência cujo objetivo é integrar a atenção às urgências. Após receber atendimento, dependendo da gravidade, o paciente deve ser encaminhado para um hospital de referência ou posto de saúde próximo da sua residência. Contudo, devido à superlotação dos hospitais públicos, por ausência de medidas eficazes das autoridades responsáveis, as UPAs estão realizando atividades além de suas funções, como a internação de pacientes graves.
O presidente do Sindicato dos Médicos explica que a entidade recebe, rotineiramente, denúncias sobre a situação preocupante das UPAs, por isso esta ação conjunta de vistorias está apenas começando. “Já estamos trabalhando para que os direitos dos médicos e também dos pacientes sejam respeitados em sua totalidade. O poder público precisa garantir atendimento de qualidade e segurança em postos, hospitais e UPAs”, destaca.
Insegurança
Durante a visita, os representantes da entidade verificaram o contexto de insegurança vivenciado nas unidades, especialmente, na UPA do bairro Itaperi, a qual foi invadida, no último dia 27, por bandidos armados que roubaram profissionais e pacientes. “É preciso que sejam colocadas em prática medidas urgentes para resguardar a vida das pessoas que atuam e necessitam de atendimento na rede pública de saúde. Continuaremos exercendo o nosso papel de acompanhar e cobrar os responsáveis a implantação de ações efetivas”, enfatiza Dr. Edmar Fernandes.
Equipes reduzidas
A redução do corpo clínico e de servidores nas escalas das UPAs, acarretada pela diminuição do repasse financeiro ao Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), também foi verificada in loco pelo Sindicato e Cremec. Tal fato causa prejuízos não apenas para os profissionais, mas, sobretudo, para a população, cujo direito de ser atendido com a devida atenção é diretamente prejudicado devido à lotação nas unidades e a não contratação de um número adequado de profissionais. Esta situação ainda é uma das pautas principais sob tratativa do Sindicato dos Médicos do Ceará, por meio de sua Assessoria Jurídica, que já reiterou pedido ao Ministério Público do Ceará para recomposição de corpo clínico das UPAs.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará