Dirigentes do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc) estiveram reunidos na quarta-feira, 5 de dezembro, com representantes da Secretaria de Estado da Saúde. A reunião foi marcada para tratar de alguns pontos de interesse dos médicos que ficaram fora de debates nos últimos tempos.
De acordo com o presidente do Simesc, Cyro Soncini, o fim de governo, por obviedade, impede que qualquer medida efetiva seja colocada em prática. “Mas precisávamos saber como estavam os encaminhamentos de algumas questões importantes para nossa categoria como o piso Fenam, a possibilidade de realização de concurso, a regulamentação da hora plantão e sobreaviso, entre outros”, destaca.
Acélio Casagrande, secretário da pasta, comentou que se forem mantidos os 15% de investimentos em saúde para o próximo ano, em dois anos o passivo da SES é quitado e “poderá ser possível fazer a saúde acontecer. Conseguimos quitar mais de 50% da dívida da saúde este ano e com essa ampliação dos recursos, conseguimos vislumbrar um futuro melhor”, destaca.
De acordo com o diretor de Gestão de Pessoas, Luis Anselmo da Cruz, a questão da hora plantão e sobreaviso, em algum momento, terá que ser revisto. Após orientação do Tribunal de Contas, a SES promoveu readequações, o que reduziu em 25% os valores gastos com essa rubrica. “O TCE pediu redução de 50%, mas não foi possível. O corte representa R$ 5 milhões de economia para o Estado sem prejudicar o serviço. Mais do que isso, teríamos problemas”.
O diretor de Hospitais, Fernando Oto Santos garantiu que os estoques dos hospitais estão plenos e que se houver falha na distribuição de medicamentos no período de final de ano, será algo muito pontual. “Estamos deixando um estoque até o final de janeiro, tempo do novo governo entrar, se organizar e não ter problemas com desabastecimento”, destacou.
Ainda sobre os pontos de discussão, Acélio orientou os dirigentes do Simesc a já estabelecerem o contato com os novos gestores. “O novo secretário é médico, conhece a profissão. Mas o Sindicato sabe quais são todas as particularidades da atuação profissional. É importante que mantenham muita aproximação”, orientou.
“A SES é muito bem servida de técnicos comprometidos com a gestão da SES e isso é um facilitador para que ao retomarmos nossas conversas, não precisemos iniciar do zero”, encerra Cyro.
Cyro esteve na reunião acompanhado do vice-presidente, Leopoldo Alberto Back e do secretário Geral, Roman Leon Gieburowski Júnior. Pela SES, também acompanhou a reunião, o chefe de gabinete, Clécio Espezim.
Fonte: Simesc