A redução do corpo clínico e de servidores nas escalas das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), acarretada pela diminuição do repasse financeiro ao Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), ainda é uma das pautas principais sob tratativa do Sindicato dos Médicos do Ceará, por meio de sua Assessoria Jurídica. As Unidades geridas pelo Município de Fortaleza contavam, anteriormente, com 42 médicos, sendo 7 chefes de equipe 24 horas; 21 médicos no eixo adulto 24 horas; e 14 médicos no eixo infantil 24 horas, tendo ocorrido uma diminuição de 7 médicos, um em cada escala. Há denúncias de que em algumas unidades, somente 01 médico fica responsável pelos atendimentos.
Diante dos esclarecimentos prestados pelas entidades envolvidas, o Sindicato enviou, na quinta-feira (13), resposta à 1º Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) informando que a readequação mencionada pelo Município é justamente o corte do corpo clínico e da equipe de apoio, em razão de não ter sido repactuado o contrato com o ISGH, cuja consequência foi a necessidade do Instituto se moldar ao orçamento de maio de 2016, trazendo prejuízos claros para as unidades, que foram obrigados a funcionar com um contingente de pessoal desfalcado, mas com a mesma realidade de demandas.
Os impactos negativos foram previstos pelo Sindicato, em reuniões realizadas com entidades de classe e poder público. Sabe-se que as UPAs mantiveram os mesmos índices de demanda/atendimentos e, portanto, sofrem as consequências da superlotação e da constante espera para atendimento. Após a grave redução de profissionais, a realidade das Unidades que funcionam com um único médico atendendo toda a demanda no eixo adulto é de tumulto nos atendimentos, gerando um enorme transtorno.
Diante disso, o Sindicato reitera o seu compromisso de buscar a recomposição das equipes médicas das UPAs a fim de que seja garantida assistência plena e integral à população.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará