O Sindicato dos Médicos no Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT) publicou uma nota sobre os últimos acontecimentos do programa Mais Médicos. Leia na íntegra:
O Sindicato dos Médicos no Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT) defende a substituição dos médicos cubanos, retirados de forma unilaterial pelo governo de Cuba do programa ‘Mais Médicos’, por profissionais que cumpram os requisitos legais para o exercício da medicina no País.
Para os médicos estrangeiros, o Sindimed-MT defende que o profissional seja submetido ao ‘Revalida’, para revalidação de sua formação e o consequente registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
O Sindimed-MT também lembra que o país tem médicos formados em faculdades brasileiras em quantidade suficiente para o atendimento da demanda dos municípios, mas é preciso que as autoridades responsáveis pela contratação desses profissionais ofereçam total infraestrutura de trabalho, além de apoio de equipes multidisciplinares, como preconizado pelas normativas nacionais, pleno acesso a exames e uma efetiva rede de referência, com capacidade de encaminhar os casos mais graves.
Nesse sentido, o Sindimed-MT entende que o ‘Mais Médicos’, criado de forma emergencial, deve passar por profunda revisão pela nova administração do país. A medida evitará que qualquer programa para o SUS – Sistema Único de Saúde – tenha uso ideológico e político seja por outras nações participantes ou pelos agentes políticos regionais e municipais, que desprezam a obrigação de dotar a rede municipal de condições adequadas de trabalho. Da forma atual, o médico do programa ´Mais Médicos´, dado seu vínculo precário, opta por não cobrar melhor infraestrutura e outras obrigações do gestor, submetendo-se a toda sorte.
O Sindimed-MT defende ainda que da reflexão sobre a assistência à população possa resultar na criação de uma carreira de Estado para o médico, como forma de fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento.
Sindicato dos Médicos no Estado de Mato Grosso
Evelyn Hack Bidigaray
Presidente do Sindimed-MT
Fonte: Sindimed-MT