Em busca da garantia de segurança pública nos postos de saúde de Fortaleza, palcos recorrentes de cenas violentas, o Sindicato dos Médicos do Ceará, representado por seu presidente Dr. Edmar Fernandes, reuniu-se, na terça-feira (13), no Paço Municipal, com o Prefeito Roberto Cláudio, com o objetivo de resolver a questão. Contudo, mais uma vez, a gestão municipal não se fez interessada pela causa, apresentando propostas inadequadas e que não resguardam a vida da população.
Apesar do apelo dos presentes, demonstrando a necessidade urgente do retorno das equipes de segurança aos postos de saúde, o prefeito propôs que apenas 10 das 112 unidades de atenção básica sejam contempladas com segurança, sendo selecionadas, segundo o prefeito, pelo critério do número de registros de ocorrências criminosas. Assim, 102 postos de saúde de Fortaleza seguiriam sem segurança, colocando em risco a vida de médicos, demais profissionais da saúde e pacientes.
Segundo Dr. Edmar Fernandes, é lamentável a postura da Prefeitura diante da gravidade da situação. “Mesmo diante de demonstrações claras do cenário violento vivenciado nos postos de saúde, o Prefeito propôs uma medida que não atende nem 10% das unidades. Mas não desistiremos, acionaremos todas as entidades possíveis para garantir o direito à segurança”, destaca.
Em setembro, médicos e profissionais da Atenção Básica de Fortaleza paralisaram as atividades nos postos de saúde e promoveram atos de protesto em frente ao Paço Municipal, à sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e à Câmara dos Vereadores. As mobilizações aconteceram em virtude da inércia da Prefeitura diante do Ofício n° 083/2018, enviado pelo Sindicato dos Médicos, em 20 de julho, no qual foram dispostas importantes pautas relacionadas, sobretudo, à insegurança nas unidades de saúde, locais de constantes atos de violência contra profissionais e pacientes.
Saúde precisa de segurança
A importante mobilização ganhou força à medida que a Prefeitura não apresentou proposta sobre a pauta de reivindicações da categoria, a despeito das inúmeras tentativas de negociação dos profissionais com a gestão, via atuação do Sindicato, por meio do diálogo propositivo, mobilizações e ações da Campanha Saúde Precisa de Segurança, cujo objetivo é alertar as autoridades e a sociedade sobre a insegurança de pacientes e médicos no exercício da profissão. Inclusive, ciente da gravidade da situação, o Sindicato solicitou, em julho de 2017, à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS), a inclusão de unidades de saúde – com recorrentes casos de violência registrados – no Programa “Ceará Pacífico”.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará