O Sindicato dos Médicos de Alagoas ajuizou uma ação contra o governo municipal pela perda salarial de 10% gerada com o não pagamento do “enquadramento por tempo de serviço”, um benefício previsto na Lei do Médico e que deveria ser repassado à categoria a cada dois anos. Segundo o presidente da entidade, Marcos de Holanda Pessoa, o prefeito Rui Palmeira não aplica o benefício desde seu primeiro mandato, portanto, os médicos não recebem o quantitativo há quatro anos.
“Estamos há quatro anos sem reajuste, uma perda acumulada de 10%”, enfatiza o sindicalista em nota publicada na Gazeta deste final de semana. Marcos Holanda também informa que outro problema vivenciado pela categoria que exerce atividades em Maceió e foi aprovada no último concurso de 2013 é o não recebimento do adicional de insalubridade.
Pelo menos 28 médicos deram entrada em processo administrativo para ter acesso ao benefício, mas a categoria reclama que o gestor tem conseguido protelar o repasse do adicional aos salários. O sindicato informa que já discutiu o assunto com o prefeito Rui Palmeira, que se comprometeu, na ocasião, liberar os valores retidos. Até agora, no entanto, o repasse não foi efetuado. O Sinmed também pede aos médicos para observar se no pagamento do 13º salário deste ano há o desconto ilegal de adicional de insalubridade. Segundo a entidade, isso já ocorreu em anos interiores, o que obrigou o sindicato a entrar com ação na Justiça contra os gestores.