Na tarde de quarta-feira (17/10), 28 pacientes dividiam o espaço de 14 leitos na ala psiquiátrica do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), na zona sul de Porto Alegre.
A situação foi flagrada pelo Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) que vistoriou a unidade após receber denúncia de superlotação nesta que é a maior emergência em saúde mental do Rio Grande do Sul.
Na sala de observação da unidade os pacientes foram acomodados em colchões no chão. Dois pacientes adolescentes eram mantidos em consultórios, isolados dos adultos, seguindo determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Esta é uma situação crônica. A unidade convive diariamente com a superlotação, um problema que a prefeitura não consegue resolver. A superlotação e a ocupação de consultórios obriga a parar o atendimento das consultas”, explica o diretor do Simers, Jorge Eltz.
Pacientes sem remoção
Dos 28 pacientes em observação na ala psiquiátrica do PACS, oito já tinham indicação médica de internação e leitos reservados em outras instituições. Aguardavam, porém, que a prefeitura providenciasse sua remoção.
Segundo os médicos que atuam na unidade, a demora nas remoções é mais um fator que contribui para a superlotação e a precarização do atendimento.
Fonte: Simers