O levantamento mostra que 70% dos médicos de São Paulo já sofreram algum tipo de violência no ambiente de trabalho, sendo que 15% deles afirmam que já foram alvo de agressões físicas. A conclusão do estudo reforça uma realidade preocupante: a violência está incorporada à rotina dos profissionais de saúde no Brasil.
Médicos na linha de frente
Apesar de revoltantes, os resultados do levantamento da entidade paulista não são surpreendentes. No Rio Grande do Sul, desde 2014, o Simers já registrou 92 casos de violência, incluindo assaltos, agressões a médicos e até a queima de uma unidade de saúde.
Trabalhando na linha de frente do atendimento aos pacientes, os médicos são responsabilizados pela ineficiência das políticas públicas e pela precarização do sistema de saúde no país. Esta situação, aliada à falta de segurança endêmica no Brasil, fragiliza a classe médica, que atua constantemente sob pressão.
Prejuízos ao sistema
Além dos médicos, a violência na saúde faz diversas outras vítimas, já que prejudica ainda mais a fragilizada rede pública. Aos afastamentos de profissionais temerosos por sua segurança, soma-se o comprometimento da infraestrutura de atendimento, ocasionado por ocorrências como roubo e vandalismo. A população, como consequência, também é atingida.
O combate á violência contra os médicos é uma luta permanente do Simers, que atua junto às autoridades de segurança do Rio Grande do Sul. Entre as ações desenvolvidas de forma constante estão o monitoramento das condições de segurança nas unidades básicas de saúde do Estado e a reivindicação de melhorias no policiamento ostensivo e da instalação de câmeras de vigilância.