A cada dia vemos o avanço da medicina melhorar a qualidade de vida das pessoas e até mesmo descobrir cura para muitas doenças que ainda eram motivo de desafios para os profissionais da saúde. Mas mesmo assim ainda há muito que se conquistar e descobrir, especialmente no que diz respeito a doenças que podem ser relacionadas à vida moderna.
A psoríase ilustra este contexto, uma doença de pele bastante comum, reconhecida por lesões avermelhadas que descamam e aparecem, normalmente, em formatos de placas. Os principais órgãos atingidos pela doença são o couro cabeludo, os cotovelos, joelhos, pés, mãos, unhas e a região genital.
Por que é importante falar sobre o assunto? A psoríase é uma doença crônica e autoimune, pode ser recorrente, mas não é contagiosa. “A medicina ainda não alcançou a causa exata da doença, mas acredita-se que o sistema imunológico humano possui uma célula chamada T, que percorre todo o corpo em busca de elementos como vírus e bactérias com o intuito de combatê-los. Mas se a pessoa tem a psoríase, essas células T acabam por atacar outras células saudáveis da pele com a finalidade de cicatrizar a ferida ou tratar uma infecção”, explicou a médica, Blima De Rossi.
As consequências dessa ação podem ser dilatação de vasos sanguíneos e o aumento do número de glóbulos brancos, que avançam para camadas externas e causam as lesões avermelhadas em um ciclo sem interrupção que só terá fim com tratamento adequado.
Mas por que a psoríase é uma doença associada a vida moderna? A medicina acredita que a genética tem um papel determinante nos casos, mas fatores ambientais, variações climáticas, hábitos de fumar e de beber e, especialmente situações de estresse,também estão entre as causas. Os fatores emocionais atuam fortemente em quem já possui uma predisposição genética da doença. E isso afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas.
Uma pesquisa internacional mostra o Brasil como o segundo no ranking em que os pacientes relatam maior impacto da doença em sua qualidade de vida. Em primeiro lugar está a Arábia Saudita. A pesquisa revelou que a doença provoca grande impacto negativo na qualidade de vida de mais de 70% dos pacientes brasileiros.
Os sintomas mais comuns são lesões avermelhadas, pequenas manchas vermelhas, pele seca com facilidade de sangramento, unhas espessas e esfareladas, inchaço e rigidez nas articulações, placas e descamações no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.
“É importante ficar atento aos sintomas e buscar tratamento. Em rotinas de extrema agitação, o fator estresse pode ter consequências que ainda desafiam a medicina. Por isso é importante sempre ficar atento e buscar, cada vez mais, qualidade de vida. E mais importante, sempre procure seu médico”, concluiu a médica Blima de Rossi.
Fonte: Folha Vitória