Os médicos da rede municipal do Recife estão em greve por tempo indeterminado. A decisão por unanimidade foi tomada em assembleia realizada na quinta-feira (20), no auditório da Associação Médica (AMPE), no bairro da Boa Vista.
A categoria denuncia a falta de medicamentos, insegurança e de condições de estrutura de trabalho. Eles pedem ainda a realização de concurso público para ampliar o quadro de profissionais de saúde, que foi prometido mas não cumprido pela Prefeitura do Recife.
Estão suspensos os serviços de exame e consultas estarão suspensas. Segundo o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), o atenimento nas urgências e emergências de saúde, maternidades e Capes municipais será mantido mesmo com o movimento.
Os médicos estão insatisfeitos com a falta de resposta da Secretaria Municipal de Saúde, em relação ao cumprimento do Termo de Compromisso, assinado no mês de janeiro passado. De acordo com o Simepe, os pleitos abrangem melhorias na segurança das unidades de saúde, abastecimento de insumos e investimentos em medicamentos, na área de saúde mental, exames complementares equipamentos.
A categoria reivindica também que a questão remuneratória, através da Lei de Incorporação da Gratificação de Plantão e a equiparação salarial com o Estado) seja de fato cumprida pela gestão do Recife.
O atendimento às urgências e emergências está sendo será mantido durante todo o período da paralisação. Ficando restrito a suspensão das atividades a todos os serviços eletivos, ambulatórios e postos vinculados ao Estratégia de Saúde da Família (ESF). Todos os serviços adiados podem ser reagendados para os próximos dias.
Reposta
Por meio de nota, a Prefeitura do Recife se manifestou em relação à decisão dos médicos da rede municipal. A PCR afirmou que lamenta o uso do expediente “como forma de manifestação”, que mantém o diálogo aberto e que a categria já foi contemplada com reajuste acumulado de 32,95% desde 2013. No entanto, o comunicado não responde às outras reivindicações dos profissionais de saúde, falta de medicamentos, insegurança e de condições de estrutura de trabalho. Veja a nota na íntegra: