Falta de extintores, refeitório, repouso para as equipes de plantão, banheiros incompletos e cilindros espalhados nos corredores. Essas foram algumas das irregularidades encontradas no Hospital Regional do Alto Acre Wildy Viana, em Brasileia, interior do Acre, listadas em um relatório do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC).
O sindicato realizou uma vistoria na unidade no último dia 6. A informação foi divulgada nesta quarta -feira (12). A unidade foi inaugurada no início deste mês e leva o nome do pai do governador Tião Viana, Wildy Viana, que morreu aos 87 anos em março do ano passado.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) garantiu que todas as áreas inauguradas funcionam bem, equipamentos de raio-x e de ultrassonografia foram instalados três dias após a inauguração da unidade.
“Os profissionais que trabalham no hospital dispõem de local adequado para descanso e alimentação”, ressalta a nota.
Sobre os extintores de incêndio, a Saúde informou que já houve a instalação dos equipamentos e garantiu também que os cilindros encontrados nos corredores devem ser encaminhados para uma sala com ventilação adequada na quinta (13). Problemas nos banheiros foram resolvidos logo que foram detectados.
“Os cilindros de oxigênio, entre outros, estavam todos nos corredores. Eles são grandes e podem cair em cima de uma criança. Os postos de saúde estão mais organizados que lá. Os consultores não têm mesa de exame. Não tem refeitório, as pessoas comem com a comida nas mãos. Eu mesmo fui em um banheiro da emergência e só tinha cimento e buraco no chão”, contou o presidente do Sindmed-AC, Murilo Batista.
O presidente disse também que o espaço é muito bom, mas precisa de organização. Ele acredita ainda que o local não possui laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros do Acre, porque a pessoa que acompanhou a equipe não soube informar.
“Quando você vai abrir um consultório precisa ter uma vistoria dos bombeiros. Ali não vimos isso. Quando estávamos lá visitando, veio uma senhora quase sem ar e disseram que não era lá [atendimento], tinha que ser em outro hospital. Se é um hospital, você entende que é para socorrer as pessoas que estão necessitando, tem que ser acessível e não está sendo”, concluiu.