O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) recebeu denúncias da sobrecarga de trabalho dos médicos cirurgiões e ortopedistas que trabalham no HGP. Eles foram obrigados a passar a atender ambulatório no meio do plantão do hospital – anteriormente, este atendimento era feito na Policlínica Municipal, em consultórios adequados e estrutura organizada ao bom atendimento da população. Agora os pacientes tem o atendimento no meio do corre-corre da urgência e emergência e visitas hospitalares. Muitas vezes com esperas absurdas e sem a qualidade por conta do cansaço dos profissionais.
Como se não bastasse, há médicos sendo demitidos por suposta “baixa produção”. Fato que deixou a população da cidade apreensiva já que no hospital falta de tudo, desde roupas cirúrgicas a materiais adequados para os procedimentos, impossibilitando que o médico realize o atendimento completo ao paciente.
No mês de Junho a Semsa perdeu o único Ortopedista Pediátrico da Região, Bruno Vieira, formado pela Universidade Federal da Bahia em 1989, com Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia pela Santa Casa de Misericórdia de Salvador e um currículo invejável: Como Coordenador de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia na Santa Casa de Misericórdia de Salvador; Coordenador do serviço de Ortopedia do Hospital Geral Roberto Santos em Salvador; além de parte do corpo clinico do Hospital Regional do Baixo Amazonas e Hospital São Camilo em Santarém e no Hospital Yutaka Takeda no Núcleo Urbano de Carajás. Esse é um dos muitos exemplos do descarte de excelentes profissionais .
E no final, quem paga a conta mais alta é a população que fica sem atendimento de excelência. O Sindmepa está encaminhando as denúncias ao Conselho Regional de Medicina do Pará, Ministério Público do Estado e Conselho Municipal de Saúde.
Fonte: Sindmepa