O Conselho Municipal de Saúde de Parauapebas aprovou Protocolo de Diretrizes da Abordagem da Doença Renal Crônica (DRC) na Atenção Básica. Apresentado no dia 8 de março deste ano pela médica nefrologista Verônica Costa, o protocolo atende a uma necessidade da Portaria 389, de março de 2014, do Ministério da Saúde, que “Define os critérios para a organização da linha de cuidado da Pessoa com Doença Renal Crônica (DRC) e institui incentivo financeiro de custeio destinado ao cuidado ambulatorial pré-dialítico”.
Desde que a Portaria do MS definiu as diretrizes clínicas para o cuidado das pessoas com doença renal crônica, cada estado e município brasileiro deve definir os protocolos de atendimento. “Uma luta antiga da nefro de Parauapebas finalmente chega ao fim. Missão cumprida”, comentou a nefrologista Verônica Costa, diretora do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), que atua no município de Parauapebas.
Ela destaca que várias doenças podem ser resolvidas e prevenidas na Atenção Básica, mas sem o protocolo de atendimento da doença renal crônica a maioria dos pacientes não recebiam orientações e tratamento preventivo na atenção básica, já sendo medicados na alta e média complexidade quando o problema já estava instalado.
Agora, em Parauapebas, pacientes considerados de grupo de risco para a DRC, entre eles os obesos, diabéticos, hipertensos, fumantes, idosos e usuários de nefrotóxicos são potenciais candidatos a desenvolver DRC. O protocolo aprovado pelo Conselho Municipal estabelece metas, exames e procedimentos necessários ao atendimento dos pacientes.
No Pará, poucos municípios dispõem de profissionais nefrologistas e a falta de diretrizes e protocolos dificultam ainda mais o atendimento aos pacientes. Os municípios que dispõem desses especialistas na saúde pública são Breves, Santarém, Altamira, Parauapebas, Redenção, Ulianópolis, Bragança e Castanhal. Em Parauapebas, seis nefros fazem o atendimento aos portadores de DRC. “Nós já tínhamos nossos procedimentos, mas o protocolo vem oficializar e melhorar o atendimento desses pacientes”, resume Verônica.
Fonte: Sindmepa