ma pesquisa realizada com profissionais da saúde do estado de São Paulo mostra que mais da metade deles já foi agredida enquanto trabalhava.
No estudo “Violência não resolve – sondagem com médicos e profissionais de enfermagem”, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) entrevistaram 5.658 profissionais do estado entre os meses de janeiro e fevereiro de 2017.
A pesquisa revela que 59,7% dos médicos relatou ter sofrido violência no trabalho mais de uma vez, enquanto entre os enfermeiros o índice foi de 54,7%.
Entre os profissionais agredidos, 59,1% dos médicos e 57,7% dos enfermeiros disseram que as agressões ocorreram na rede pública.
Sobre o tipo de violência, 50% dos médicos e 49,2% dos enfermeiros entrevistados disseram ter sofrido violência verbal. Sofreram violência física 11,9% dos médicos e 14,2% dos enfermeiros.
A maioria deles, 74,2% dos médicos e 64,9% dos enfermeiros, disse não ter denunciado os casos. Na opinião da maior parte destes médicos, as denúncias não seriam levadas adiante pelas autoridades e, para a maioria dos enfermeiros, não há políticas de proteção às vítimas.
Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde informou que em situações de agressão, os profissionais têm atendimento médico e psicológico à disposição.
Vila Nova Cachoeirinha
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que uma mulher joga uma enfermeira no chão do Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte de São Paulo.
Desde domingo (10), dia da agressão, a enfermeira não foi mais ao trabalho. Ela contou à reportagem do site G1 que registrou um boletim de ocorrência e está muito abalada com o que aconteceu. Funcionários contam que não foi um episódio isolado e que a redução do número de médicos aumentou a tensão no local.
“Todos querem passar na frente e nos ameaçam de todas as formas possíveis. Virou rotina”, disse um enfermeiro do hospital, que também foi agredido, no sábado, 9 de junho e preferiu não se identificar.
Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde disse que o quadro de funcionários está completo na unidade e deveria estar operando normalmente. A pasta informou estar tomando providência paras reforçar a segurança das equipes.