O 2º secretário do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Sílvio Rodrigues, fiscalizou nesta quarta-feira (20/06) o Instituto de Medicina Legal (IML) de Garanhuns localizado no bairro de Heliópolis. O IML funciona na Unidade Regional de Polícia Científica do município em uma única sala para o exame traumatológico e uma maca ginecológica incompleta separados pelo armário do arquivo, além de ser dividida com o atendimento dos peritos criminais. Os recursos humanos são insuficientes e a estrutura física defasada.
Na unidade só são realizadas perícias traumatológicas. As necropsias, exames toxicológicos e tanatológico, química legal não são realizados por falta de materiais específicos e estrutura física. A única maca é uma mesa ginecológica que não tem apoio para as pernas e o foco não é suficiente para a realização dos exames.
A escala de plantão é formada por cinco médicos, sete peritos criminais, seis auxiliares de peritos, seis auxiliares de médicos legistas e cinco peritos papiloscopistas. O serviço não conta com auxiliar do sexo feminino para as perícias sexológicas. Não há recepcionista e nem segurança, por isso, desde a última segunda-feira (18/06) quando a Unidade passou a funcionar 24h a gestão determinou que os “plantonistas devem permanecer em regime de prontidão durante todo o plantão”, entretanto, o representante do Cremepe assegurou que os médicos legistas não devem entrar neste rodízio.
No momento da vistoria, o Cremepe deixou o termo de fiscalização no serviço e esclareceu que levará o relatório final para a plenária da autarquia a fim de discutir sobre o funcionamento do ético exercício médico no Instituto. “O IML Garanhuns está passível a interdição ética, pois não oferece condições para o exercício da medicina”, afirmou Rodrigues.